Segundo o ex-prefeito de Salvador (BA), o objetivo é construir uma candidatura do centro à direita em 2026. Ele afirmou que isso vem sendo discutido com o presidente do PP, Ciro Nogueira (PP-PI), e que os dois partidos devem articular um candidato próprio para disputar a presidência da República no ano que vem.
“A gente não está criando hoje uma federação pra ficar barganhando cargo, puxando mais um espaçozinho no governo, não. A gente está criando uma federação pra que ela seja a ponta de lança [e] a base fundamental da construção de um projeto vitorioso em 2026”, disse.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União-GO), já se lançou como pré-candidato às eleições de 2026 e vem percorrendo o país. Ele teria recebido a promessa de apoio da federação caso atinja pelo menos 10% de intenção de voto nas pesquisas em março de 2026.
Mas a intenção de deixar o governo Lula pode enfrentar resistência de uma ala do União Brasil que é simpática ao presidente. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), por exemplo, articulou recentemente a manutenção do Ministério das Comunicações sob o comando do partido após a saída de Juscelino Filho, denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em discurso durante o lançamento da aliança, nesta terça-feira, a senadora Tereza Cristina (MS), líder do PP no Senado e ex-ministra no governo de Jair Bolsonaro (PL), defendeu a candidatura própria e afirmou que “o Brasil não pode continuar como está”.
Inicialmente, havia um acordo para que o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) assumisse o comando da federação. Mas o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, quer alterar o arranjo para que ele próprio ocupe o cargo no início. Até esse imbróglio ser resolvido, dirigentes explicam que Rueda e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PP), vão comandar juntos