Coe, Bope e Tropa de Choque libertam refém na Delegacia de Ivaiporã e recuperam armas
Policiais entram na Delegacia de Ivaiporã, libertam refém e recuperam armas
Segundo Jacovós, os presos de Ivaiporã seguiam orientações do PCC
Capitão Villa declara que negociações foram longas, mas houve sucesso
Equipes conversam sobre fim de negociações
A Polícia Civil, Polícia Militar e a população que reside próxima a 54ª Delegacia de Polícia Civil de Ivaiporã viveram momentos de tensão, entre as 18h00 de sábado, dia 2 de novembro, e as 10h30 de domingo, dia 3, quando os presos se rebelaram, fizeram o agente Maurício dos Anjos refém, atiraram no quadril do agente Fábio Dantas, invadiram as salas dos investigadores Aparecido Pinto e Osias Ienzen, pegaram armamentos pesados e dominaram a carceragem.
Em seguida, começou uma troca de tiros, quando abriram o portão por onde fugiram 18 presos. Os demais permaneceram e destruíram móveis, documentações, computadores e atiraram nas portas. Enquanto isso, a população se aglomerava nas imediações – principalmente os familiares na ânsia de obter notícias dos presos.
Um dos moradores, que prefere não se identificar, contou que cinco presos passaram correndo em frente a casa dele, às 18h00. “Em seguida, fui à esquina, vi o portão da Delegacia de Polícia aberto e alguns presos gritando para outros fugirem”.
À medida que o tempo passava, aumentava a quantidade de tiros, que eram identificados pelo barulho. “Estes tiros são 12! Agora, eles atiram com metralhadora! Balas de efeito moral! Balas de efeito moral! Tiros de pistola...”. Assim descreviam os policiais militares e civis, que acompanhavam agachados atrás das viaturas, enquanto informavam via celular e rádio os colegas que se encontravam mais afastados.
Negociação lenta
Por volta das 22h00, foi solicitada a presença do promotor de Justiça de Ivaiporã, Cleverson Leonardo Tozatte. “A negociação está lenta e, por cautela, foram acionados, por exemplo, Coe, Bope e Tropa de Choque. Mas o objetivo é evitar uma medida drástica”, informou Tozatte. Passadas algumas horas, a juíza de Direito, Adriana Marques dos Santos, também foi chamada e se reuniu no Corpo de Bombeiros, onde estavam, por exemplo, o comandante da 6ª Companhia Independente de Polícia de Ivaiporã, major José Francisco Cardoso; capitão Élio Boing; e o delegado da Polícia Civil de Ivaiporã, Gustavo Dante.
Às 23h30, as áreas onde a população tentava acompanhar a operação foram evacuadas, e os moradores foram solicitados a permanecer em casa por uma questão de segurança.
Os presos pararam de atirar, por volta das 02h00, após a chegada do Coe, Bope, Tropa de Choque e equipes da Rotam de Apucarana. “Os presos pediram para evitar a entrada da Polícia Militar e, em troca, libertariam o agente e devolveriam as armas, na manhã de domingo, na presença de uma equipe de TV”, declarou Élio Boing, que matinha a imprensa informada a 30 minutos.
Às 03h00, a imprensa foi informada que a rebelião estava prevista para encerrar por volta das 10h00 deste domingo, dia 3. Enquanto dezenas de policiais se mantiveram próximos à Delegacia de Ivaiporã, outras equipes faziam rondas pelo município na tentativa de localizar os fugitivos. Mas preso algum foi recapturado. “Recebemos várias informações acerca de possíveis esconderijos. Mas as fontes precisam ser checadas. No entanto, a prioridade é a carceragem”, disse o capitão.
Cavalcanti – 1º sargento da Tropa de Choque de Londrina –, que veio com 50 policiais, acompanhou o processo de negociação. “Acredito que a negociação vai transcorrer dentro da normalidade”, comentou o sargento, informando que a prioridade era manter a integridade físicado agente.
Condições sub-humanas
O prefeito de Ivaiporã, Luiz Carlos Gil, compareceu à Delegacia de Ivaiporã, neste domingo, para se inteirar da reação situação e lembrou que, recentemente, o secretário de Estado da Segurança, Cid Marcus Vasques, foi cobrado acerca da necessidade de se construir um presídio em Ivaiporã. “Os presos vivem em condições sub-humanas, por isso, o Vale do Ivaí precisa de um presídio. Além disso, a Cadeia de Ivaiporã está próxima a residências, a Univale e a Prefeitura Municipal. Portanto, deveria ser construída próxima a 6ª Companhia Independente de Polícia Militar”, opinou o prefeito.
Pensando na integridade do agente Maurício dos Anjos, foi chamada uma equipe do SBT, que veio de Londrina, às 09h00 deste domingo. Em seguida, os presos cumpriram o que haviam prometido, libertando o refém e entregando as armas às 09h30. Na saída, Maurício dos Anjos garantiu que estava bem, aparentando apenas cansaço.
Em seguida, o delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial de Apucarana, José Aparecido Jacovós, que também acompanhou as negociações, enalteceu a eficiência do delegado Gustavo Dante e das demais forças policiais, que libertaram os presos e recuperaram as armas. “Felizmente, não foi necessária uma ação extrema – embora os policiais estejam preparados para qualquer tipo de ação. Se fosse preciso, teríamos entrado e retomado a Cadeia de Ivaiporã. Mas a Polícia Militar e Civil sempre tentam negociar, porque há vidas em jogo”.
Segundo Jacovós, os presos estavam sendo comandados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) de Curitiba e São Paulo. “Portanto, os presos de Ivaiporã seguiam orientações dos presos de Curitiba e São Paulo, que fazem parte do PCC”, assegurou Jacovós, informando que também houve uma tentativa de fuga em Arapongas. Mas as autoridades policiais controlaram a situação.
O capitão da Tropa de Choque de Londrina, Nelson Villa Júnior, garantiu que a Polícia Militar sempre age com responsabilidade com objetivo de preservar a vida das pessoas envolvidas em situações semelhantes. “Por isso, mantivemos contato com os presos para salvaguardar a integridade física do agente e dos detentos. As negociações foram longas, mas obtivemos sucesso”, declarou Villa.
Os presos entregaram o refém e as armas, e se dirigiram ao solário, onde ficaram em posição de revista.
No final, major José Francisco Cardoso e os demais policiais constataram danos consideráveis no interior da 54ª Delegacia de Polícia de Ivaiporã. “Resta conferir se as armas foram completamente devolvidas, recontar os presos e calcular os prejuízos”, finalizou o comandante, lembrando que o próximo passo é recapturar os fugitivos.
Em seguida, começou uma troca de tiros, quando abriram o portão por onde fugiram 18 presos. Os demais permaneceram e destruíram móveis, documentações, computadores e atiraram nas portas. Enquanto isso, a população se aglomerava nas imediações – principalmente os familiares na ânsia de obter notícias dos presos.
Um dos moradores, que prefere não se identificar, contou que cinco presos passaram correndo em frente a casa dele, às 18h00. “Em seguida, fui à esquina, vi o portão da Delegacia de Polícia aberto e alguns presos gritando para outros fugirem”.
À medida que o tempo passava, aumentava a quantidade de tiros, que eram identificados pelo barulho. “Estes tiros são 12! Agora, eles atiram com metralhadora! Balas de efeito moral! Balas de efeito moral! Tiros de pistola...”. Assim descreviam os policiais militares e civis, que acompanhavam agachados atrás das viaturas, enquanto informavam via celular e rádio os colegas que se encontravam mais afastados.
Negociação lenta
Por volta das 22h00, foi solicitada a presença do promotor de Justiça de Ivaiporã, Cleverson Leonardo Tozatte. “A negociação está lenta e, por cautela, foram acionados, por exemplo, Coe, Bope e Tropa de Choque. Mas o objetivo é evitar uma medida drástica”, informou Tozatte. Passadas algumas horas, a juíza de Direito, Adriana Marques dos Santos, também foi chamada e se reuniu no Corpo de Bombeiros, onde estavam, por exemplo, o comandante da 6ª Companhia Independente de Polícia de Ivaiporã, major José Francisco Cardoso; capitão Élio Boing; e o delegado da Polícia Civil de Ivaiporã, Gustavo Dante.
Às 23h30, as áreas onde a população tentava acompanhar a operação foram evacuadas, e os moradores foram solicitados a permanecer em casa por uma questão de segurança.
Os presos pararam de atirar, por volta das 02h00, após a chegada do Coe, Bope, Tropa de Choque e equipes da Rotam de Apucarana. “Os presos pediram para evitar a entrada da Polícia Militar e, em troca, libertariam o agente e devolveriam as armas, na manhã de domingo, na presença de uma equipe de TV”, declarou Élio Boing, que matinha a imprensa informada a 30 minutos.
Às 03h00, a imprensa foi informada que a rebelião estava prevista para encerrar por volta das 10h00 deste domingo, dia 3. Enquanto dezenas de policiais se mantiveram próximos à Delegacia de Ivaiporã, outras equipes faziam rondas pelo município na tentativa de localizar os fugitivos. Mas preso algum foi recapturado. “Recebemos várias informações acerca de possíveis esconderijos. Mas as fontes precisam ser checadas. No entanto, a prioridade é a carceragem”, disse o capitão.
Cavalcanti – 1º sargento da Tropa de Choque de Londrina –, que veio com 50 policiais, acompanhou o processo de negociação. “Acredito que a negociação vai transcorrer dentro da normalidade”, comentou o sargento, informando que a prioridade era manter a integridade físicado agente.
Condições sub-humanas
O prefeito de Ivaiporã, Luiz Carlos Gil, compareceu à Delegacia de Ivaiporã, neste domingo, para se inteirar da reação situação e lembrou que, recentemente, o secretário de Estado da Segurança, Cid Marcus Vasques, foi cobrado acerca da necessidade de se construir um presídio em Ivaiporã. “Os presos vivem em condições sub-humanas, por isso, o Vale do Ivaí precisa de um presídio. Além disso, a Cadeia de Ivaiporã está próxima a residências, a Univale e a Prefeitura Municipal. Portanto, deveria ser construída próxima a 6ª Companhia Independente de Polícia Militar”, opinou o prefeito.
Pensando na integridade do agente Maurício dos Anjos, foi chamada uma equipe do SBT, que veio de Londrina, às 09h00 deste domingo. Em seguida, os presos cumpriram o que haviam prometido, libertando o refém e entregando as armas às 09h30. Na saída, Maurício dos Anjos garantiu que estava bem, aparentando apenas cansaço.
Em seguida, o delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial de Apucarana, José Aparecido Jacovós, que também acompanhou as negociações, enalteceu a eficiência do delegado Gustavo Dante e das demais forças policiais, que libertaram os presos e recuperaram as armas. “Felizmente, não foi necessária uma ação extrema – embora os policiais estejam preparados para qualquer tipo de ação. Se fosse preciso, teríamos entrado e retomado a Cadeia de Ivaiporã. Mas a Polícia Militar e Civil sempre tentam negociar, porque há vidas em jogo”.
Segundo Jacovós, os presos estavam sendo comandados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) de Curitiba e São Paulo. “Portanto, os presos de Ivaiporã seguiam orientações dos presos de Curitiba e São Paulo, que fazem parte do PCC”, assegurou Jacovós, informando que também houve uma tentativa de fuga em Arapongas. Mas as autoridades policiais controlaram a situação.
O capitão da Tropa de Choque de Londrina, Nelson Villa Júnior, garantiu que a Polícia Militar sempre age com responsabilidade com objetivo de preservar a vida das pessoas envolvidas em situações semelhantes. “Por isso, mantivemos contato com os presos para salvaguardar a integridade física do agente e dos detentos. As negociações foram longas, mas obtivemos sucesso”, declarou Villa.
Os presos entregaram o refém e as armas, e se dirigiram ao solário, onde ficaram em posição de revista.
No final, major José Francisco Cardoso e os demais policiais constataram danos consideráveis no interior da 54ª Delegacia de Polícia de Ivaiporã. “Resta conferir se as armas foram completamente devolvidas, recontar os presos e calcular os prejuízos”, finalizou o comandante, lembrando que o próximo passo é recapturar os fugitivos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário