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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

SP: HOMEM ACUSA IRMÃO DE TER ROUBADO BILHETE PREMIADO DE R$ 8 MI


Um homem acusa seu irmão de roubar um bilhete premiado da Mega-Sena de R$ 8 milhões, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. A acusação gerou um inquérito investigado pelaPolícia Civil e foi parar também na Justiça Federal
O responsável pela denúncia, J.A.S.F., 40 anos, morava junto com seu irmão, o motoboy R.S.F., 37 anos, e afirma que foi roubado por ele após vencer o concurso 1.530, sorteado no dia 14 de setembro. 
J.A.S.F. afirma que sempre costuma jogar na Mega-Sena e que sabe que venceu o concurso por conta dos números sorteados. Apesar de garantir ter tido o bilhete roubado, o denunciante só procurou a polícia cerca de dois meses depois. 
Para provar que foi roubado, J.A.S.F. escondeu um gravador no quarto de seu irmão e registrou uma conversa em que o acusado fala com sua mulher sobre dinheiro e viagens. A gravação foi o que fundamentou a denúncia à polícia. Em ação ajuizada no dia 8 de novembro na Justiça Federal paulista, J.A.S.F. afirma que o bilhete foi roubado no interior de seu veículo. Ele pede que a Lotérica Camarano, onde teria feito a aposta, disponibilize imagens de suas câmeras de segurança do dia 11 de setembro, entre 8h e 8h30. Além disso, solicita o bloqueio do pagamento do prêmio até que a situação seja esclarecida. 
Apesar da abertura do inquérito e da ação ajuizada na Justiça Federal, a Caixa afirma que o prêmio do concurso questionado já foi pago no dia 20 de setembro, seis dias após ser sorteado. Por questões de segurança, o banco não informa quem foi o vencedor. 
Segundo o advogado de R.S.F., Daniel Rondi, o caso “beira a loucura”. “Não existe prêmio. Ele é motoboy, (...) tem uma vida condizente com sua realidade econômica. Nunca recebeu valor algum”, disse. 
De acordo com Rondi, por conta das acusações, R.S.F. teve de sair da casa em que vivia com seu irmão depois de ser ameaçado. “Ele já registrou essas ocorrências. Tem primos também que o ameaçam. É muito dinheiro”, disse o advogado. 
A polícia deve agora solicitar à Caixa que disponibilize informações sobre o vencedor do concurso e o responsável pela retirada do valor. Em decisão no último dia 28, a juíza Fernanda Carone Sborgia, do Juizado Especial Federal de Ribeirão Preto, afirmou que o valor questionado na ação é “bastante superior ao teto fixado para a competência deste Juizado Especial Federal” e encaminhou o processo para a 7ª Vara Federal. 
Terra tentou, mas não conseguiu contato com o advogado que representou J.A.S.F. na ação impetrada na Justiça Federal, Renato Rosin Vidal, e o delegado responsável pela abertura do inquérito, Samuel Zanferdini. 

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