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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Marinho reitera que ‘só Deus’ pode evitar enchentes

O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), voltou a afirmar que “só Deus” pode acabar com os alagamentos na região central da cidade. O petista havia dado declaração pública semelhante em agosto e demonstrou irritação com o fato de a afirmação ter sido divulgada pelo Diário, jornal que, segundo ele, “pega em seu pé indevidamente”.
“Só Deus pode, porque depende da dimensão da chuva. No volume de chuva que tem ocorrido nos últimos 50 anos em São Bernardo, nós vamos acabar com as enchentes no Centro”, justificou. Irônico, o prefeito salientou que a explicação dada ontem foi “só para que algum imbecil que não consegue entender o que a gente fala possa entender”.
Mais tarde, em entrevista coletiva, o chefe do Executivo baixou o tom das críticas e citou outro entrevero com a imprensa. Ele diz ter sido abordado no sábado por um fotógrafo que lhe teria questionado que obra estava sendo feita no Paço Municipal, onde há canteiro para construção de piscinão. “Um fotógrafo que mora eventualmente na cidade ou na região, pressupõe-se que lê o jornal para o qual ele fotografa. Eu achei estranho. Só isso. É aquela história de que você perde o amigo, mas não perde a piada. Eu não perdi a piada.”
Segundo o prefeito, a previsão é que as intervenções na região central sejam finalizadas até dezembro do ano que vem. “Em 2016, se Deus quiser, (a cidade) já estaria preparada para suportar as chuvas”, disse o chefe do Executivo.
O piscinão citado terá capacidade para armazenar 220 milhões de litros de água e será interligado com galerias construídas sob a Rua Jurubatuba e a Avenida Aldino Pinotti e custará R$ 300 milhões. Para todo o projeto, o investimento aproximado é de R$ 600 milhões. O planejamento também inclui canalização de córregos, construção de galerias subterrâneas e readequação de sistemas de drenagem.
Após atraso, administração entrega extensão da Rua Kara
Com atraso de quase um ano, a Prefeitura de São Bernardo inaugurou ontem o prolongamento da Rua Kara, no bairro Jardim do Mar. O novo trecho tem cerca de 600 metros e liga as avenidas Senador Vergueiro e Aldino Pinotti. Quando a administração municipal concluir as obras de drenagem na região central, a via ajudará a desafogar o trânsito em volta do Paço Municipal.
Na intersecção com a Avenida Aldino Pinotti, o caminho segue até a Avenida Pereira Barreto por meio de viário já existente. No ano que vem, será possível atravessar o corredor e chegar até a Rua Atibaia, no bairro Baeta Neves. Para que o cruzamento seja liberado, a Prefeitura depende que a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) finalize o projeto de engenharia para poder executar a obra. Isso porque a rua terá interferência sobre o Corredor ABD de trólebus. O secretário de Transportes e Vias Públicas, Oscar Silveira Campos, estima que o projeto deva ser apresentado em cerca de três meses, mesmo prazo considerado para as intervenções.
Inicialmente, a extensão da Rua Kara servirá apenas como alternativa à Rua José Versolato, localizada ao lado do Shopping Metrópole e que deverá ser interditada na segunda-feira para obras do Projeto Drenar. A previsão é que o bloqueio dure quatro meses. Após a liberação, será iniciada outra obra: a de prolongamento da Aldino Pinotti até o Paço.
“Quando a gente reabrir a José Versolato, vai diminuir bastante o trânsito que chega até o Centro. Muita gente que vai até lá para fazer a volta e vir para cá (Jardim do Mar), principalmente para a Avenida Kennedy, poderá usar a via”, diz Silveira Campos. Com a normalização do fluxo, a Prefeitura transformará em mão única o trecho da Rua Kara entre a Senador Vergueiro e a Rua Soldado Valcir Bertolazi.
Para evitar acidentes, foi instalado semáforo na intersecção da Kara com a Aldino Pinotti. A via tem limite de velocidade definido em 40 km/h. Inicialmente, não está prevista instalação de radares. O secretário admite, entretanto, que poderá implantar fiscalização eletrônica caso haja excessos.
Sobre o atraso, Silveira Campos informa que o cronograma foi alterado em razão das obras do Projeto Drenar. A extensão da via custou ao município R$ 1,6 milhão e a construção foi feita pela empreiteira Heleno & Fonseca.

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