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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Local de acidente com morte de bancária está sem sinalização há mais de um mês

Associação de moradores havia protocolado ofício no final de maio. CMTU admite dificuldade, mas promete realizar serviço. Vítima tinha 34 anos

Guilherme Batista - Redação Bonde 

O cruzamento da avenida Garibaldi Deliberador com a rua José Gabriel de Oliveira (zona sul de Londrina), local do acidente que resultou na morte de uma bancária na manhã desta terça-feira (23), vem sofrendo com a falta de sinalização desde o dia 19 de maio, após a avenida receber o serviço de recape asfáltico da prefeitura. A associação de moradores do jardim Guanabara chegou a protocolar um ofício na Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) no último dia 29, com o objetivo de reivindicar a sinalização viária, mas nada havia sido feito até então.

Top Informações/WhatsApp
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No protocolo, a associação apontou que os veículos trafegam em alta velocidade pela avenida Garibaldi Deliberador, e que a falta de sinalização estaria resultando no registro de acidentes de trânsito. A entidade também havia chamado a atenção para o cruzamento da referida via com a rua Mário Diniz de Oliveira, "em função do alto movimento de pedestres no local e da utilização do transporte coletivo com um ponto de parada próximo do cruzamento", além dos "constantes acidentes com veículos e atropelamentos de pedestres que vêm ocorrendo com frequência e já há algum tempo".

O diretor de Trânsito da CMTU, Hémerson Pacheco, visitou o local do acidente e determinou que a avenida Garibaldi Deliberador passasse a receber a chamada sinalização horizontal, por meio de pinturas no asfalto, já na tarde desta terça-feira. "Aí alguém pode falar que o serviço só começou a ser feito após a morte da mulher, mas é preciso lembrar que a nossa estrutura é precária e, por isso, não conseguimos atender muitos locais de uma só vez", argumentou Pacheco em entrevista ao Bonde. Segundo o diretor, a equipe remanejada para a Garibaldi Deliberador precisou interromper um serviço que estava sendo feito na avenida Guilherme de Almeida, no conjunto União da Vitória (zona sul), que teve início também após um acidente com morte. "Atualmente, a diretoria depende de um caminhão velho e de uma parceria com o Creslon (Centro de Reintegração Social de Londrina) para atender a grande demanda. Não conseguimos ser onipresentes", desabafou.

Já questionado sobre o pedido feito pela população referente à avenida Garibaldi Deliberador, o diretor foi taxativo: "Não temos condições de atender solicitações recentes, de um mês atrás. Infelizmente, essa é a nossa realidade".

Pacheco disse, ainda, que o protocolo dos moradores teria sido encaminhado ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), órgão responsável, conforme ele, por autorizar a instalação de sinalização nas ruas e avenidas da cidade. "Temos essa linha de comunicação com o Ippul justamente para acelerar a análise dos pedidos e projetos e a execução dos serviços", explicou.

Atualmente, a diretoria de Trânsito da CMTU conta com apenas duas equipes de sinalização viária, formada por poucos funcionários, veículos antiquados e detentos do regime semiaberto da cidade. "Atendemos três locais por dia e em três turnos diferentes: manhã, tarde e noite", completou Hérmerson Pacheco. Ainda de acordo com ele, a companhia conseguiu fechar uma parceria com empresários para revitalizar uma máquina que passará a ser utilizada pela diretoria. "Vamos melhorar a nossa capacidade de pintura e criar um cronograma específico para atender casos pontuais", concluiu.

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