Politica e lava jato

Com a prisão de Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento de Lula e de Dilma Rousseff, a Operação Lava-Jato traz o PT novamente para o centro das investigações de corrupção no país. Poucos petistas tinham tanto trânsito com Lula e Dilma quanto Bernardo. A prisão dele no apartamento funcional da senadora Gleisi Hoffmann, com quem é casado, foi emblemática. A volta do PT ao centro da Lava-Jato é reforçada pela condução coercitiva de Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência Social nos governos petistas e amigo pessoal de Dilma. Os dois foram vistos várias vezes andando juntos de moto em Brasília. Isso enfraquece o discurso de Dilma, que, nos últimos dias, se aproveitou do avanço da Lava-Jato sobre o comando do PMDB para reforçar a visão de que foi afastada injustamente da Presidência da República. Tudo está jogando novamente contra o PT. A sede do partido em São Paulo também está sendo alvo das investigações da nova etapa da Lava-Lato, chamada de Custo Brasil. Há mandados de busca e apreensão. O PT, como sempre, vai posar de vítima. Mas o certo é que a Lava-Jato vai jogando as últimas pás de cal sobre qualquer chance de Dilma voltar ao comando do país.