quarta-feira, 22 de outubro de 2025

AGRONEGÓCIO CANA DE AÇÚCAR E ÁLCOOL

🧾 Linha do tempo da crise da Vale do Ivaí / Renuka

1️⃣ Venda e expansão (Governo Lula – 2009)

A venda da Vale do Ivaí S/A para a Shree Renuka Sugars (Índia) foi concluída em 2009, com o BNDES já atuando como credor do grupo.

O governo incentivava a entrada de grupos estrangeiros no setor sucroalcooleiro, e o BNDES financiava fortemente o etanol, na época considerado estratégico.

Resultado: várias empresas se endividaram fortemente, apostando em preços altos e exportações que não se sustentaram.


2️⃣ Endividamento e colapso (Governo Dilma – 2011 a 2016)

O preço do açúcar e do etanol caiu no mercado internacional.

A Renuka Brasil (Vale do Ivaí e São Pedro do Ivaí) ficou com dívidas superiores a R$ 2 bilhões, parte delas com o BNDES e bancos públicos.

Em 2015, já no fim do governo Dilma, a empresa pediu recuperação judicial.


3️⃣ Recuperação judicial e declínio (2016–hoje)

Em 2016, a Justiça homologou a recuperação.

Nenhum comprador assumiu as usinas, e a operação praticamente parou.

O grupo indiano abandonou parte das atividades, e a marca Renuka Vale do Ivaí S.A. segue em recuperação judicial, sem força produtiva real.



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⚙️ Síntese política e econômica

Durante os governos petistas (2003–2016), houve forte incentivo estatal via BNDES, com empréstimos bilionários subsidiados para grupos do agronegócio e grandes empresas.

Muitos desses projetos — como o da Vale do Ivaí / Renuka — não se sustentaram quando o mercado mudou, gerando grandes prejuízos e endividamentos.

O caso virou exemplo clássico de má gestão combinada com crédito público fácil, algo muito criticado depois de 2016.

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