1️⃣ Venda e expansão (Governo Lula – 2009)
A venda da Vale do Ivaí S/A para a Shree Renuka Sugars (Índia) foi concluída em 2009, com o BNDES já atuando como credor do grupo.
O governo incentivava a entrada de grupos estrangeiros no setor sucroalcooleiro, e o BNDES financiava fortemente o etanol, na época considerado estratégico.
Resultado: várias empresas se endividaram fortemente, apostando em preços altos e exportações que não se sustentaram.
2️⃣ Endividamento e colapso (Governo Dilma – 2011 a 2016)
O preço do açúcar e do etanol caiu no mercado internacional.
A Renuka Brasil (Vale do Ivaí e São Pedro do Ivaí) ficou com dívidas superiores a R$ 2 bilhões, parte delas com o BNDES e bancos públicos.
Em 2015, já no fim do governo Dilma, a empresa pediu recuperação judicial.
3️⃣ Recuperação judicial e declínio (2016–hoje)
Em 2016, a Justiça homologou a recuperação.
Nenhum comprador assumiu as usinas, e a operação praticamente parou.
O grupo indiano abandonou parte das atividades, e a marca Renuka Vale do Ivaí S.A. segue em recuperação judicial, sem força produtiva real.
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⚙️ Síntese política e econômica
Durante os governos petistas (2003–2016), houve forte incentivo estatal via BNDES, com empréstimos bilionários subsidiados para grupos do agronegócio e grandes empresas.
Muitos desses projetos — como o da Vale do Ivaí / Renuka — não se sustentaram quando o mercado mudou, gerando grandes prejuízos e endividamentos.
O caso virou exemplo clássico de má gestão combinada com crédito público fácil, algo muito criticado depois de 2016.
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