sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Gabriel Medina faz história e é campeão mundial de surfe

Medina
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Gabriel Medina conquistou o título mundial de surfe em Pipeline
O Brasil tem um novo ídolo esportivo: o surfista Gabriel Medina, que conquistou nesta sexta-feira o título mundial em Pipeline, no Havaí, diante de adversários experientes e campeões como o norte-americano Kelly Slater e o australiano Mick Fanning. É a primeira vez na história que o País garante um troféu na elite deste esporte. Outros brasileiros já brilharam na modalidade, mas nunca haviam chegado tão longe quanto o garoto de Maresias (praia de São Sebastião, em São Paulo), que nesta segunda faz 21 anos.

A façanha ocorreu no Pipe Masters, a última etapa da temporada, disputada no Havaí. Ele já liderava o ranking mundial com uma boa vantagem sobre seus concorrentes antes do início da disputa em Pipeline e durante a competição mostrou talento para garantir o título mundial ao vencer suas baterias e contar com o tropeço de Mick Fanning na quinta fase da competição - o brasileiro Alejo Muniz eliminou o australiano. “Significa muito para mim poder ser o primeiro brasileiro campeão mundial de surfe”, disse Gabriel Medina.

Este é o quarto ano dele no Circuito Mundial de Surfe - em 2011, quando estreou, disputou apenas quatro etapas, ganhando duas e chamando a atenção para o seu talento precoce. Logo em sua primeira etapa na elite, em Hossegor, na França, ele venceu com um show de aéreos e mostrou que daria muito trabalho para as feras. Naquele mesmo ano, ainda faturou o Rip Curl Pro Search, em São Francisco. Terminou a temporada na 12.ª posição, mesmo não tendo participado de nem metade das etapas.

Polêmica em São João do Ivaí, por determinação Judicial festa do município está cancelada

Uma ação civil pública movida pelo ministério público da comarca de São João do Ivaí cancelou a festa dos 50 anos do município, que começaria nesta sexta-feira (19). O ministério público alega que a realização da festa não poderia ser realizada na Praça da Bíblia, pois está próxima ao hospital municipal, distribuidora de gás e delegacia de policia, o que colocaria em risco a segurança de todos.
O Juiz da Comarca Dr. Leonardo Aleksander Ferraz Sfórza, acatou a ação e determinou que a festa fosse cancelada e o não cumprimento da ação, está sujeito a pagar uma multa diária de R$ 50.000, 00 mil reais por cada dia de evento realizado, multa que será aplicada ao prefeito municipal Fábio Hidek Miúra. Leia a ação na íntegra.
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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Supremo anula caso Celso Daniel

Estadão
Processo terá que ser refeito desde fase de interrogatório dos acusados pelo assassinato do prefeito petista de Santo André; crime ocorreu em 2002.© Foto: Itamar Miranda/Estadão Processo terá que ser refeito desde fase de interrogatório dos acusados pelo assassinato do prefeito petista de Santo André; crime ocorreu em 2002.
Por Fausto Macedo
O Supremo Tribunal Federal (STF) anulou nesta terça feira, 16, o processo relativo ao assassinato de Celso Daniel, prefeito do PT de Santo André, na Grande São Paulo - executado a tiros em janeiro de 2002. A ação terá que ser refeita desde a etapa dos interrogatórios dos acusados.
A decisão foi tomada pela 1.ª Turma de ministros do STF, que acolheu pedido da defesa do empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sérgio Sombra, apontado pelo Ministério Público Estadual como mandante da morte do petista. A medida não afeta a investigação sobre suposto esquema de corrupção na administração Celso Daniel. Esta fase do caso resultou em ações de improbidade contra servidores públicos municipais de Santo André. As ações continuam tramitando e não são atingidas pela decisão do Supremo.
A ordem do Supremo alcança especificamente o processo do homicídio do petista. Os ministros não mandaram refazer o inquérito policial que concluiu que Celso Daniel foi vítima de "crime comum", praticado sem motivação política - conclusão questionada pelo Ministério Público Estadual, que sustenta ter havido "crime de mando".
Para o Ministério Público Estadual, Celso Daniel foi morto porque descobriu em sua própria gestão na Prefeitura de Santo André um esquema de corrupção e propinas para o partido ao qual ele pertencia. Para a Polícia o então prefeito foi morto por "bandidos comuns, sem motivação política". O processo tem 7 acusados, seis dos quais já foram submetidos a júri popular na Comarca de Itapecerica da Serra (Grande São Paulo) e condenados a penas que oscilam entre 18 anos e 24 anos.
Nos julgamentos prevaleceu a tese do Ministério Público Estadual de que houve "crime de mando" - segundo a promotoria, o então prefeito foi executado porque decidira acabar com desvios em contratos da gestão municipal, sobretudo na área de transportes.Parte do dinheiro desviado teria abastecido campanhas eleitorais do PT, segundo revelou na ocasião um irmão de Celso Daniel, o médico João Francisco Daniel. Apenas Sérgio Gomes, suposto mandante, não foi julgado até hoje, decorridos mais de 12 anos do crime que abalou o PT.
A decisão do STF pode criar um imbróglio jurídico porque o processo já tem seis condenados. O advogado de Sérgio Sombra, criminalista Roberto Podval, recorreu ao Supremo argumentando que durante a fase de instrução do processo não lhe foi dada oportunidade de fazer perguntas aos outros acusados. A fase de instrução antecede a pronúncia e o júri popular dos acusados.
Segundo Podval, a jurisprudência da própria Corte prevê que os defensores podem fazer questionamentos a outros réus. Podval e outros advogados de defesa argumentaram ao STF que o juiz de primeiro grau, da Comarca de Itapecerica da Serra, não os autorizou a participarem dos interrogatórios.
O julgamento no STF nesta terça feira, 16, terminou empatado em 2 a 2. Votaram pelo acolhimento do pedido de habeas corpus os ministros Marco Aurélio Mello e Dias Toffoli. Os ministros Luís Barroso e Rosa Weber não discutiram o mérito, mas não admitiram o habeas corpus. Com o empate, prevalece a defesa.
Com a decisão fica anulado o processo do caso Celso Daniel desde a fase de interrogatórios dos acusados. A ação terá que ser refeita, mas surgem dúvidas processuais, na avaliação do advogado Roberto Podval. "Está anulado o processo e tem que recomeçar, mas o problema é como interrogar as pessoas que já foram julgadas, condenadas e estão cumprindo pena há alguns anos."
Durante o julgamento no STF, Podval parafraseou o ministro relator, Marco Aurélio Mello. "A democracia tem um preço e esse preço é seguir a Constituição. O direito de defesa foi violado o que provocou a nulidade."
"Eu queria perguntar a todos, como houve crime de mando, segundo a acusação, eu tenho o direito de perguntar a todos os corréus", anota o advogado. "No entanto, fui impedido de fazer perguntas e isso criou uma situação muito complicada. Não vejo outra saída senão a nulidade do caso, inclusive com relação a todos os correus. O ministro relator assim entendeu."
O juiz Antonio Galvão, que preside o processo sobre o assassinato de Celso Daniel, disse que vai aguardar a publicação do acórdão do STF para saber o alcance da medida. Galvão assinala que a defesa teve todas as oportunidades. O promotor de Justiça José Reinaldo Guimarães Carneiro, que investigou o assassinato e o esquema de corrupção na gestão Celso Daniel, lamentou.
"É extremamente difícil até para explicar para a família da vítima uma demora de 12 anos para um julgamento de homicídio. E é especialmente mais complicado se considerarmos que todos os executores já estão condenados e o mandante ainda não foi levado a júri. Não tem como explicar para a família que um homicídio tão grave tenha todos os executores condenados e a gente não consiga julgar o mandante. Estou profundamente desapontado."

domingo, 14 de dezembro de 2014

Após 150 anos, estopim da Guerra do Paraguai ainda gera controvérsia

Historiadores divergem sobre a verdadeira razão para o início do conflito.
Mas há consenso em dizer que ditador paraguaio errou ao declarar guerra.

Tahiane StocheroDo G1, em São Paulo
Procissão no Tagy durante a Guerra do Paraguai (Foto: Fundação Biblioteca Nacional)Procissão no Tagy durante a Guerra do Paraguai (Foto: Fundação Biblioteca Nacional)
Já se passaram 150 anos do início da Guerra do Paraguai (1864-1870) e ainda há controvérsia entre historiadores sobre os motivos que levaram o ditador paraguaio Francisco Solano López a dar início ao maior conflito armado da América Latina. O Paraguai lutou contra a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) e acabou derrotado. Até hoje o país não se recuperou plenamente das consequências da guerra.
Alguns especialistas entendem que o conflito era parte da política expansionista de Solano López, outros afirmam que foi uma reação "desproporcional" do ditador à invasão do Uruguai pelo Império brasileiro.
Natalicio del Mariscal Francisco Solano López (Foto: Reprodução/Site da Vice-Presidência do Paraguai)O líder paraguaio Francisco Solano López (Foto:
Reprodução/Site da Vice-Presidência do Paraguai)
Solano López declarou guerra ao Brasil em 13 de dezembro de 1864 e, em seguida, invadiu a região que hoje corresponde a Mato Grosso do Sul. No mesmo ano, o Brasil havia invadido o Uruguai e destituído o presidente. 
Para o cientista social e doutor em história das relações internacionais Francisco Doratioto, Solano López tinha um plano: ele teria declarado a guerra em busca de novos territórios e de uma saída para o mar através do domínio do Rio Prata – libertando-se, assim, das tarifas alfandegárias cobradas pelo porto de Buenos Aires.
Autor do livro "Maldita Guerra", Doratioto afirma que, na época, havia litígio de territórios no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso do Sul. "López usou a invasão ao Uruguai como desculpa, pois já havia mobilizado forças na fronteira mesmo antes disso acontecer e sem nenhum risco de ameaça", afirma.
Estudioso autodidata do conflito, o brasileiro Júlio José Chiavenato vê em Solano López apenas uma atitude de defesa dos interesses paraguaios, após o Brasil invadir o Uruguai sob alegação de que brasileiros estavam sofrendo ataques em meio à guerra civil que acontecia no país. Para Chiavenato, López entendeu como um ato de guerra a invasão ao país com o qual tinha acordos de defesa mútua.
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General Mitre e seus oficiais do Estado-Maior durante a Guerra do Paraguai  (Foto: Reprodução/Fundação Biblioteca Nacional)General Mitre e seus oficiais do Estado-Maior durante a Guerra do Paraguai (Foto: Reprodução/Fundação Biblioteca Nacional)
Autor do livro "Genocídio americano: a guerra do Paraguai", publicado em 1979, Chiavenato entende que Solano López se sentiu ameaçado por pensar que seria o próximo alvo do Império brasileiro. O ditador, porém, não acreditava que a guerra se estenderia por tanto tempo e que se trataria depois de uma atitude suicida iniciar o conflito, afirma o escritor.
"A intervenção brasileira no Uruguai era uma coisa que vinha sendo preparada há muito tempo. A reação do Paraguai foi desproporcional, pois não tinha diplomatas com traquejo para negociar a situação. López teve uma reação passional: quando se viu ameaçado, reagiu de forma patriótica”, diz Chiavenato. Apesar disso, ele acredita que o Brasil queria a guerra. "López só a antecipou."
Em um ponto, porém, há consenso entre os historiadores: Solano López errou ao iniciar uma guerra que matou boa parte da população de seu país e provocou consequências econômicas, sociais e políticas que o Paraguai não conseguiu superar até hoje.
Não há evidências de que, depois do Uruguai, o próximo país a ser invadido pelo Brasil seria o Paraguai. Solano López apostou que enfraqueceria o Brasil e que contaria com o apoio de grupos na Argentina (...) A estratégia dele deu errado, ele fez uma guerra errada
Ricardo Henrique Salles,
historiador
'Culpa do Brasil'
O historiador Ricardo Henrique Salles, autor do livro "Guerra do Paraguai: escravidão e cidadania na formação do Exército", enxerga no Brasil a culpa pelo conflito. "O Paraguai avisou que, se o Brasil invadisse o Uruguai, declararia guerra. López só declarou guerra porque achou a invasão uma ameaça fatal a ele."
Segundo Salles, a História oficial brasileira trata a invasão ao Uruguai e a Guerra do Paraguai como conflitos diferentes quando, na verdade, trata-se de um só. A invasão ao Uruguai foi um "ato agressivo" do Império brasileiro que desencadeou a guerra, afirma.
"A ação do Brasil no Uruguai foi sem provocação alguma, foi uma invasão mesmo, usando pretextos fúteis do assassinato de brasileiros no país quando, na verdade, o governo brasileiro comprou a briga de estancieiros gaúchos que tinham interesse em terras", defende.
Corpos de paraguaios mortos durante a guerra empilhados no campo, em imagem de 1866 (Foto: Fundação Biblioteca Nacional)Corpos de paraguaios mortos durante a guerra empilhados no campo, em imagem de 1866 (Foto: Fundação Biblioteca Nacional)

Apoio na Argentina
Segundo o historiador, não havia evidências de que, depois do Uruguai, o próximo país a ser invadido seria o Paraguai. Além disso, Solano López teria apostado que enfraqueceria o Brasil e que teria o apoio de grupos na Argentina – superestimando suas forças e subestimando as forças do Império. "A estratégia dele deu errado, ele fez uma guerra errada. Já o Brasil achou que a guerra seria um passeio e que, com o que tinha na época em efetivos militares, daria conta, o que não ocorreu", diz Salles.
Ele diz que a guerra se estendeu mais que o esperado para ambos os lados devido ao "terreno inóspito muito desfavorável e desconhecido" em que foi travada, na fronteira pantanosa, e também "à bravura do soldado paraguaio, que via a guerra como uma agressão à sua terra".
Esta guerra foi uma coisa tão indecente e vergonhosa que só durante o conflito que se soube que, no pacto da Tríplice Aliança, havia uma cláusula que previa que ela só terminaria com a morte de López e a troca de poder no Paraguai, não se poderia assinar armistício"
Júlio José Chiavenato,
escritor
População paraguaia e mortes
Outro ponto controverso que envolve a Guerra do Paraguai é a situação do país na época que começou o conflito.
Com base em dados demográficos, Júlio José Chiavenato diz que é possível apontar a população paraguaia em "mais ou menos 800 mil pessoas", e que "a guerra provocou uma matança absurda" deixando o Paraguai em uma situação "que até hoje não se recuperou". Segundo ele, morreu na guerra cerca de 90% da sua população masculina maior de 20 anos.
"Esta guerra foi uma coisa tão indecente e vergonhosa que só durante o conflito que se soube que, no pacto da Tríplice Aliança, havia uma cláusula que previa que ela só terminaria com a morte de López e a troca de poder no Paraguai, não se poderia assinar armistício", afirma o escritor, acrescentando que o conflito produziu um trauma no continente.
Residência do Barão do Triunfo, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, é protegida por tropas (Foto: Fundação Biblioteca Nacional)Residência do Barão do Triunfo, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, é protegida por tropas (Foto: Fundação Biblioteca Nacional)
"Todos estes números são polêmicos. As informações que eu tenho é que o Paraguai tinha cerca de 400 mil pessoas e que sobraram 180 mil a 200 mil no fim da guerra. Mais de dois terços da população masculina", aponta o professor Doratioto.
Já para Salles, que leciona história na UniRio, os números sobre a população paraguaia na época eram de 300 mil a 700 mil. "Ninguém consegue chegar a um número preciso". Ele discorda de Chiavenato quanto à "matança" provocada pela guerra e afirma que 80% dos mortos – cerca de 300 mil pessoas – foram vítimas de fatores indiretos, como fome e doenças.
Negros e escravos
Outra polêmica do conflito foi o fato de o Brasil ter enviado escravos como soldados. "A maioria dos soldados era negra, mulata, mestiça, mas o Exército não aceitava escravos. Há uma confusão entre a população negra que era livre e a população que era escrava. Cerca de 10% da tropa era de escravos, que foram libertos para lutar. Isso pegou mal para o Brasil na ordem moral e social, um país escravagista ter que recorrer a escravos para se defender", afirma Salles.
Já para Chiavenato, que teve acesso à documentação do conflito, apesar de não haver números oficiais, a maior parte da tropa brasileira era, sim, de escravos. "Eles eram enviados para irem no lugar de brancos de classe média que eram convocados. O Brasil não tinha Exército na época, era uma Guarda Nacional, mas que só existia no papel, com cerca de 23 mil homens que não tinham nem farda”, diz. Já do lado paraguaio, Chiavenato vê o patriotismo como fator preponderante na luta: “Foi uma luta coesa, o povo entendeu que, se a guerra fosse perdida, seria o fim do Paraguai”, diz.

Salles e Doratioto também dizem acreditar nisso: “O paraguaio lutou bravamente. O povo viu a guerra como uma ameaça e uma agressão à sua terra. Claro que, por ser uma ditadura, o governo de López tinha poder coercitivo. Mas isso não explica o povo paraguaio lutar como lutou”, afirma Salles.


LAVA-JATO: YOUSSEF CONTA QUE LULA MANDOU PAGAR DÍVIDA DA PETROBRAS USANDO DINHEIRO SUJO DO PLETROLÃO.

Curitiba e São Paulo - O ex-gerente de Marketing da Diretoria de Abastecimento da Petrobrás Geovanne de Morais, citado pela geóloga Venina Velosa da Fonseca como responsável pelos pagamentos de serviços não prestados, foi um dos contatos da agência de propaganda e marketing Muranno Brasil, investigada pela Operação Lava Jato. Ela foi paga em 2010 com dinheiro do esquema de cartel, corrupção e propina movimentando por Alberto Youssef. Em sua delação premiada, o doleiro disse que a ordem de pagamento foi dada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao então presidente da estatal petrolífera, José Sérgio Gabrielli.
O ex-presidente da estatal, indicado politicamente por Lula, é do PT da Bahia e próximo do ex-gerente de marketing Geovanne de Morais, que foi acusado pela ex-gerente da área de Abastecimento Venina Fonseca. Ela afirmou ao jornal Valor Econômico ter alertado a atual presidente da Petrobras, Graça Foster, das irregularidades nos contratos de marketing da estatal, acusando pagamentos de serviços não prestados e excessos de gastos.
A Muranno Brasil é alvo de um inquérito aberto pela Polícia Federal, após seu nome aparecer nos pagamentos feitos por Youssef com recursos desviados da Petrobras via contratos da Camargo Corrêa – construtora acusada de cartel. Foram feitos pagamentos que totalizaram R$ 1,7 milhão entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011 para a Muranno.
Segundo Youssef afirmou em sua delação premiada, a agência de propaganda era contratada pela Petrobras com dinheiro não contabilizado e tinha dívidas a receber. Seu dono, o empresário argentino Ricardo Marcelo Villani, estaria pressionando o governo Lula para obter os valores atrasados. Ele teria ameaçado denunciar os esquemas de corrupção e propina na estatal, que virou alvo da Operação Lava Jato e era controlado pelo PT, PMDB e PP – mas que abasteceu também o PSDB e o PSB.
Youssef revelou que Lula soube da ameaça, na época, e determinou a Gabrielli que usasse o dinheiro “das empreiteiras” para resolver o assunto. “Lula ligou para o Gabrielli e falou para ele resolver essa merda”, contou Youssef. Gabrielli teria sido orientando a procurar Costa na área de Abastecimento para quitar a dívida.
Costa acionou o operador do esquema de propina e pediu que fosse acertada a dívida. Youssef confirmou que providenciou o pagamentos de R$ 1,7 milhão. Villani também disse que em 2010 foi procurado pelo doleiro, após os pedidos para receber os valores da estatal feitos ao ex-diretor de Abastecimento.
Confissão
Villani nega ter ameaçado denunciar o esquema alvo da Lava Jato, mas confirmou que prestava serviços para a Petrobras, por meio do ex-gerente de Comércio de Álcool e Oxigenados Sillas Oliva Filho e pelo ex-gerente de Marketing da Diretoria de Abastecimento, sem ter contrato. O serviço seria a divulgação da marca da estatal em eventos da Fórmula Indy, nos Estados Unidos, entre 2004 e 2008.
“Silas sugeriu que ele bolasse uma estratégia de marketing de relacionamento”, diz Villani, sobre a criação da Muranno para os serviços na Indy. “Que o declarante ‘bolou’ um projeto e fez um orçamento para a gerência de comunicação de Abastecimento da Petrobrás, cujo gerente era Geovanne.” Do site Diário do Poder

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Tragédia na PR 082, acidente com Van mata pelo menos 7 em Lunardelli

10850144_634791896646726_8131739112128622237_nUma tragédia foi o ocorreu no inicio desta madrugada de quinta-feira (11) na PR 082 Rodovia Natal Pessuti em Lunardelli. O acidente envolveu um GM/Astra placa de Umuarama conduzido por Anderson da Silva e uma Van Sprinter placa de Floresta da empresa Pacotur conduzida por Reginaldo da Silva.
A van saiu de Quinta do Sol com destino a capital para levar pacientes de várias cidades, entre elas, Barbosa Ferraz, Fênix, Godoy Moreira entre outras.
10686769_634791629980086_7643713930460848371_n (1)A van levava pelo menos 13 passageiros e após a batida pegou fogo e 6 vitimas ficaram presas as ferragens e morreram carbonizadas, inclusive uma criança, o motorista do Astra também morreu no local.

Mortos
Anderson da Silva, 36 anos (Motorista do Astra) Passageiros: Maria de Jesus Miante, Neuza Aparecida Malagute, Álvaro Malagute, Rita Roselon dos Santos, Rubens Aparecido dos Santos e Maria Dolores Viana da Silva
Feridos encaminhados para hospitais
Reginaldo da Silva, 35 anos (motorista microônibus); Sheila Maria de Camargo, 29 anos; Manoel Messias da Silva, 51 anos; Silas Messias da Silva, 29 anos; Juliana Mariano, 28 anos; João Mariano Neto,  69 anos; Julieta de Souza Ferreira,  41 anos; Daniel Vitor de Souza Muniz, 04 anos, e Monique Helen Viana da Silva,  15 anos.
Os corpos foram levados ao IML de Ivaiporã.  Em breve mais informações. Fotos Tenete Fábio Adriano, Corpo de Bombeiros de Ivaiporã.
Recentemente ocorreu um acidente com um microônibus desta mesma empresa na região de Ponta Grossa, duas pessoas morreram no local, uma de São João do Ivaí e outra de Fênix, leia aqui como foi este acidente ocorrido em agosto de 2014. 
Veja Mais fotos
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Com votos favoráveis de Artagão e Bernardo, deputados aprovam aumento de impostos

Aumento de 12% para 18% ou 25% da alíquota do ICMS sobre uma extensa lista de produtos, além da elevação de 40% na alíquota do IPVA e de um ponto porcentual na do ICMS da gasolina



Os deputados estaduais de Guarapuava Artagão de Mattos Leão Júnior (PMDB) e Bernardo Ribas Carli (PSDB) foram favoráveis e votaram pelo aumento de impostos no Paraná, proposto pelo governador Beto Richa. Com isso, deve valer a partir de abril do ano que vem o aumento de 12% para 18% ou 25% da alíquota do ICMS sobre uma extensa lista de produtos, que pode atingir até 95 mil itens de consumo popular, como medicamentos, produtos de higiene e eletrodomésticos. Também está mantida a elevação de 40% na alíquota do IPVA e de um ponto porcentual na do ICMS da gasolina.
 
Os deputados também autorizaram o governo do estado a fechar um empréstimo de US$ 300 milhões (R$ 770 milhões) com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Outro projeto polêmico, a taxação de 11% para os aposentados e pensionistas do estado que recebem acima do teto do INSS, hoje fixado em R$ 4.390,24, também foi aprovado. As emendas do PT ao projeto foram rejeitas, mas o deputado Nelson Justus (DEM) conseguiu aprovar uma emenda a proposta de taxação dos aposentados que exclui os portadores de doenças graves da contribuição.
 
Ainda nesta terça, os parlamentares aprovaram a extinção de duas Secretarias de estado: do Trabalho e de Indústria e Comércio.
Por diversas vezes ao longo do dia, Rossoni pediu para que os seguranças da Assembleia mantenham a ordem nas galerias e pediu para os manifestantes não gritarem. O presidente da Alep considera que a presença do público não pode atrapalhar o trabalho no plenário, nem sonoramente.
A primeira interrupção aconteceu às 15h49 até às 16h05, por cerca de 15 minutos. Enquanto o deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB) discursava de uma das tribunas em defesa do tarifaço do Executivo, os manifestantes gritavam “vendido” e “não me representa”. Depois, por volta das 18h49 a sessão foi novamente paralisada por causa da manifestação das galerias contra o pacote de aumento de impostos. A sessão foi retomada as 19h06, novamente depois de cerca de 15 minutos. A terceira paralisação foi mais curta, entre as 20h10 e 20h12.
Na primeira interrupção, a votação foi reiniciada e Romanelli voltou a falar. Porém, os servidores que ocupam as galerias estão todos de pé e de costas em protesto ao que o deputado argumenta. Ele defende o projeto do governo, por isso é hostilizado. 
Por mais de uma oportunidade, o presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB), interrompeu o discurso de Romanelli e pediu que os servidores respeitassem o discurso do parlamentar. O peemedebista insistiu que seguiria falando mesmo sendo praticamente impossível ouvir o que ele dizia por meio do sistema de som da Assembleia.
Conheça a lista de projetos do governo do estado aprovados nesta terça-feira (9) pelos deputados estaduais:
511/2014 ─ Institui taxação de 11% para os aposentados e pensionistas do estado que recebem acima do teto do INSS, hoje fixado em R$ 4.390,24.
513/2014 ─ Aumenta de 12% para 18% ou 25% a alíquota do ICMS sobre até 95 mil itens de consumo popular; em 40% a alíquota do IPVA; e em um ponto porcentual a do ICMS do álcool e da gasolina.
514/2014 ─ Cria um plano de previdência complementar para os servidores que ingressarem no serviço público a partir da entrada em vigor da lei.
16/2014 ─ Retira a autonomia financeira da Defensoria Pública e modifica a escolha do defensor-geral, de voto direto dos defensores para lista tríplice.
507/2014 ─ Autoriza o governo a fechar um empréstimo de US$ 300 milhões (R$ 770 milhões) com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
509/2014 ─ Extingue a Secretaria da Indústria e Comércio.
519/2014 ─ Extingue a Secretaria do Trabalho.
521/2014 ─ Desobriga o governo de investir recursos dos fundos especiais exclusivamente nas atividades a que eles se relacionam e passa a verba para o caixa geral do estado.
522/2014 ─ Mantem no caixa do Executivo recursos que teriam de ser repassados aos outros poderes do estado, se a arrecadação for maior do que a estimada no orçamento.
532/2014 ─ Afrouxa a lei que instituiu o Programa de Parcerias Público-Privadas (PPPs) no estado e aumenta a lista de recursos públicos que abastecerão a conta-garantia para cumprimento dos contratos.

Gazeta do Povo