TOKYO – O governo japonês planeja tornar obrigatória a reciclagem de materiais plásticos usados em escritórios e fábricas a partir de abril de 2022, para aumentar a baixa taxa de reciclagem de resíduos plásticos resultantes de atividades corporativas, disseram autoridades na terça-feira (20).
Dos 8,91 milhões de toneladas de resíduos plásticos que o Japão gerou em 2018, 4,62 milhões vieram do setor corporativo, e a maior parte deles foi incinerada. O governo pretende apresentar um projeto de lei para obrigar as empresas, excluindo as pequenas empresas, a reciclar seus resíduos de plástico na sessão ordinária do parlamento no próximo ano, disseram eles.
Um painel de especialistas endossou a proposta do Ministério da Economia, Comércio e Indústria e do Ministério do Meio Ambiente na terça-feira.
De acordo com o plano, grandes geradores de resíduos serão obrigados a separar os plásticos de outros resíduos e entregá-los a uma empresa de reciclagem. Mesmo que as pequenas empresas fiquem isentas da obrigação, elas serão solicitadas a intensificar os esforços de reciclagem.
O governo já decidiu no início deste ano reciclar totalmente cerca de 4,29 milhões de toneladas por ano de resíduos plásticos gerados pelas residências. Alguns municípios ainda não possuem um sistema de coleta de resíduos de embalagens plásticas, como bandejas de alimentos e garrafas, enquanto itens como brinquedos e papelaria são principalmente incinerados ou despejados em aterros sanitários.
Os ministérios também propuseram na reunião do painel obrigar os varejistas e restaurantes a reduzir o uso de plásticos descartáveis, como canudos e colheres, instando-os a perguntar aos clientes com antecedência se desejam usar esses plásticos e aumentar o uso de bioplásticos.
O governo está promovendo a redução do uso e da reciclagem de plásticos para conservação de recursos e controle da poluição, com o objetivo de reduzir o lixo de plásticos descartáveis em 25% até 2030.
Estima-se que mais de 8 milhões de toneladas de resíduos plásticos vão para os oceanos todos os anos, causando a poluição dos microplásticos, nos quais pequenos pedaços de plástico degradado absorvem produtos químicos prejudiciais e se acumulam dentro de peixes, pássaros e outros animais na cadeia alimentar.
A CBF divulgou a tabela do Campeonato Brasileiro de futebol, Série D, e o Nacional de Rolândia estreia no final de semana, no dia 19 ou 20 de setembro, no estádio Erich Georg. O adversário continua o mesmo, a Ferroviária de Araraquara. Depois de 20 anos, o futebol rolandense estará presente em uma competição de nível nacional.
O NAC está no grupo 7 e tem a companhia, além da Ferroviária, dos paranaenses Toledo e Cascavel, do paulista Mirassol e dos cariocas Bangu, Cabofriense e Portuguesa. Na segunda rodada, na semana seguinte, o Nacional vai até Toledo e, provavelmente no dia 1º de outubro, recebe o Cabofriense e joga no Rio de Janeiro, no dia 04, contra a Portuguesa. Depois, tem dois jogos em casa, contra Bangu (di1 11) e Cascavel (dia 15) e termina o turno em Mirassol, no dia 18. A returno e a primeira fase terminam no dia 28 de novembro e 4 equipes passam para a segunda fase.
A Série D será disputada por 68 equipes e aegunda fase, oitavas, quartas, semifinal e final são disputadas no sistema mata-mata, em partidas de ida e volta. Os quatro times classificados para as semifinais garantem o acesso para o Campeonato Brasileiro da Série C em 2021. “A tabela da Série D continua a mesma e devemos iniciar os treinos em agosto. Vou entrar em contato com a prefeitura para ver se é preciso um ofício para começarmos a treinar no estádio”, afirmou o presidente do NAC, José Danilson.
O técnico Rafael Andrade também falou com o JR e afirmou que os treinos devem começar no dia 03 de agosto. O técnico também revelou que o Nacional tem 14 jogadores já certos: Zé Carlos (goleiro), os zagueiros Igor e Dede, os laterais Tetê e João Victor, o volante Elionay, os meias Copeti, Gustavo e Jeferson, os atacantes Mirandinha, JP, Kenu e Juninho. “A competição acaba dia 07 de fevereiro de 2021. São, portanto, cinco meses de competição. Espero que a gente possa fazer uma boa campanha e atingir o objetivo principal, que é o acesso”, ressaltou Rafael.
Estádio revitalizado A Secretaria de Esportes concluiu, com recursos próprios, a revitalização do Estádio Municipal Erich Georg. Na última etapa de obras, os bancos de reservas foram trocados e construídos novos para as equipes e a arbitragem. Ainda houve melhorias nos vestiários e nos alambrados. Na primeira etapa das melhorias, o gramado foi parcialmente revitalizado.
Essas melhorias beneficiam os atelas rolandensesamadores e diretamente as equipes do Nacional e do REC, que aguardam um posicionamento da Federação Paranaense de Futebol sobre o início do Campeonato Estadual da Segunda Divisão, a chamada “Divisão de Acesso.
Em live com Lupion, ministro diz que rodovias do Paraná pode receber até R$ 75 bi
Brasília – Durante uma live com o deputado federal Pedro Lupion (DEM-PR) nas redes sociais, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que há expectativa de investimentos de R$ 75 bilhões nas rodovias paranaenses nos próximos anos.
Desse valor, R$ 42 bi estão previstos para investimentos para modernização dos quase 4 mil km de malha rodoviária federal e estadual. “Vamos ter concessões modernas, eficientes, vamos trazer o que há de melhor e mais moderno nessa estruturação”, disse o ministro.
O deputado demonstrou preocupação com a questão dos pedágios do Paraná. “Fizemos reunião com o ministro e com o governador Ratinho Junior para buscar melhores preços, com qualidade de serviço e mais investimentos, para que os paranaenses consigam ver os recursos pagos efetivamente nas estradas”.
Tarcísio disse que há estudos para uma nova modelagem, a fim de melhorar os contratos de pedágio do Paraná e baratear as tarifas. A notícia animou o deputado, que enalteceu o ministro pelo trabalho feito no governo Jair Bolsonaro. “Conseguimos mostrar que o Brasil é possível, que as coisas podem acontecer”, disse Lupion.
Ainda sobre rodovias, o ministro disse que há projetos para pavimentação da rodovia Transbrasiliana (BR-153), que precisa de pavimentação no trecho entre Tibagi e Imbituva, e que há projetos para readequação do trecho Ventania-Ibaiti. A questão, agora, é obter recursos para as obras.
Ferrovias
Em outro momento da conversa ao vivo, Tarcísio de Freitas disse que também há estudos para fazer um redesenho da malha sul ferroviária “Desde o Rio Grande (do Sul), Porto Alegre, até o terminal de Sumaré, em São Paulo”.
Além disso, a assinatura de acordo entre Mato Grosso do Sul e Paraná vai viabilizar a Nova Ferroeste e um corredor ferroviário para levar grãos dos dois estados ao Porto de Paranaguá.
“Isso permitirá o maior escoamento de grãos do país, já que só a produção agrícola que teremos neste ano, nos dois estados, produz um volume gigantesco a ser exportado por Paranaguá e também por Antonina”, afirmou Lupion.
Sobre os portos, aliás, Tarcísio elogiou os terminais paranaenses, os únicos a terem cumprido portaria do Ministério da Infraestrutura para ganhar autonomia na gestão portuária. E que há projetos ligados à ampliação do Porto de Paranaguá que podem render cerca de R$ 2,5 bi em investimentos.
"Claro que há questões de legislação ambiental, mas eu conheço projetos de grandes portos privados que querem estar aqui, no Paraná, porque a logística permite. Está havendo investimento necessário para que possamos transformar o nosso estado em um grande exportador de produção”, disse Lupion.
Agronegócio
Nesse tema, Tarcísio lembrou que o Paraná “tem um PIB maior que o Uruguai, é muito forte na indústria e, sobretudo, no agro, um estado onde o cooperativismo é muito forte, as maiores cooperativas do Brasil estão aí. É necessário melhorar a logística de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos".
Para completar, o ministro disse ainda que quatro aeroportos do estado devem receber R$ 1,9 bilhões em futuras concessões. São eles: Londrina, Foz do Iguaçu e dois em Curitiba – Bacacheri e Afonso Pena, que deve ganhar uma terceira pista, o que colocará a capital paranaense na rota de grandes voos internacionais.
"Eu tenho certeza que a logística do Paraná vai ser outra com o que está sendo desenhado no governo do Presidente Bolsonaro", afirmou o ministro.
Treze municípios da região de Piracicaba reciclam menos de 10% do lixo que produzem, diz estudo
Levantamento também mostra que, das 15 cidades avaliadas, cinco destinam 100% dos resíduos corretamente. Analista sugere taxas para custeio da gestão e soluções regionalizadas.
Por Rodrigo Pereira, G1 Piracicaba e Região
Central de Tratamento de Resíduos de Piracicaba: implantação ocorreu com três anos de atraso, diz Justiça — Foto: Divulgação/ Ares-PCJ
Treze cidades da região de Piracicaba (SP) reciclam menos de 10% do lixo produzido por sua população. Destas, seis não realizam qualquer aproveitamento destes resíduos.
Os dados são do o Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana - ISLU 2020, elaborado pela consultoria e auditoria PwC Brasil em parceria com o Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana - Selurb, divulgado no último dia 3. Da região de Piracicaba, foram avaliadas 15 das 18 cidades.
Baseado em estatísticas de fontes oficiais de 2018, o índice avalia critérios como o percentual da população atendida pela limpeza urbana, quanto a prefeitura consegue arrecadar em taxas e tributos para destinar à gestão dos resíduos, quanto compromete do orçamento municipal, qual o percentual do lixo que tem destinação adequada e índice de reciclagem.
A partir destas análises, é calculado um índice que vai de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor a qualidade da gestão dos resíduos no município.
Critérios avaliados e índice de cada cidade da região
Cidade
% população atendida pela limpeza urbana
% arrecadação específica para gerir o lixo
% comprometimento do orçamento com gestão do lixo
% destinação adequada dos resíduos
% reciclagem
ISLU
Águas de São Pedro
100%
0,0%
2,22%
50%
7,06%
0,725
Capivari
100%
71,1%
0,59%
100%
0,00%
0,710
Charqueada
96%
68,9%
0,47%
50%
9,27%
0,725
Cordeirópolis
96%
16,1%
4,23%
0%
2,27%
0,572
Cosmópolis
97%
46,3%
1,10%
100%
0,00%
0,704
Elias Fausto
99%
52,8%
1,48%
98%
0,00%
0,682
Ipeúna
100%
32,6%
1,89%
81%
18,52%
0,731
Iracemápolis
98%
0,0%
0,76%
85%
14,71%
0,744
Limeira
97%
6,9%
2,88%
98%
0,69%
0,679
Mombuca
82%
0,0%
1,48%
85%
0,00%
0,671
Nova Odessa
100%
39,9%
1,35%
92%
8,18%
0,726
Piracicaba
100%
30,9%
3,74%
100%
2,10%
0,674
Rio das Pedras
100%
0,0%
3,53%
100%
0,00%
0,666
Saltinho
100%
100,0%
0,00%
71%
0,00%
0,728
Santa Bárbara d'Oeste
99%
0,0%
2,15%
100%
0,27%
0,693
Quanto à reciclagem, os melhores percentuais são de Ipeúna (SP), que reaproveita 18,52% do que se descarta, e Iracemápolis (SP), que reutiliza 14,71%. Já Capivari, Cosmópolis, Elias Fausto, Mombuca, Rio das Pedras e Saltinho não reciclavam qualquer parcela do lixo, diz o estudo.
Assessor Econômico do Selurb Leonardo Silva aponta que o índice considerado ótimo de reciclagem é de 30%, considerando-se materiais que não podem receber novas destinações.
"Isso seria uma média ideal para se estabelecer para os municípios. [As cidades da região] estão longe do que seria o minimamente aceitável, levando em consideração o que compõe um saco de lixo doméstico", avalia. Segundo ele, o índice de reciclagem no Brasil, em média, é de 3,8%.
Destinação adequada
O ISLU também mostra que cinco das 15 cidades da região avaliadas dão destinação adequada a 100% lixo produzido.
A destinação considerada correta em relação à realidade brasileira é o envio a aterros sanitários, segundo Silva.
Já os considerados incorretos são a destinação a lixões e a aterros controlados, que são lixo cercados e com cobertura, mas sem tratamento correto do chorume e gases, segundo o assessor econômico.
Aterro sanitário em Limeira: espaço mais indicado para destinação de resíduos — Foto: Prefeitura de Limeira
Os menores índices neste quesito foram de Águas de São Pedro (SP) e Charqueada (SP), que dão destinação certa para 50% dos resíduos, e Cordeirópolis (SP), que não tratou corretamente qualquer parte dos materiais descartados.
"No ano que foi reportado esses dados, que é de 2018, o que acaba prejudicando Cordeirópolis é que naquele ano ela reportou que os resíduos dele iam para um aterro controlado, então o impacto ambiental acabou sendo alto, rebaixando a nota dele", explica Silva.
Com isso, o ISLU da cidade ficou em 0,572. O analista explica que a partir de 0,6 o nível de aderência as políticas nacional de resíduos sólidos é considerado médio. A partir de 0,7, é considerado alto.
Na região, oito cidades tiveram índice considerado alto e seis tiveram nível médio.
Coleta de lixo em Nova Odessa: analista sugere taxas para custeio do serviço — Foto: Divulgação/ Prefeitura de Nova Odessa
Arrecadação e orçamento comprometido
O estudo também levantou o percentual dos orçamentos municipais comprometidos com a gestão do lixo. Neste quesito, os maiores comprometimentos foram em Cordeirópolis (4,23%), Piracicaba (3,74%), Rio das Pedras (3,43%) e Limeira (2,88%).
Em relação às despesas, Silva defende que haja transferência do custo para um sistema de cobrança de tarifa ou taxa pela geração de lixo.
"Quando a pessoa sabe o quanto ela paga pela destinação final ela começa reduzir aquilo que ela gera. [...] Ela começa a separar os resíduos para reciclagem, porque ela geralmente tem um abatimento em cima da tarifa, da taxa, para aquilo que é reciclado", aponta.
Ele observa que é possível realizar a cobrança levando em consideração as condições socioeconômicas de determinadas regiões da cidade.
Soluções coletivas
Para o analista, um dos caminhos para a melhoria dos índices passa pelas soluções regionais para gestão dos resíduos, o que possibilita a divisão de despesas.
"o que chama a atenção é que você tem municípios que possuem uma população pequena como Saltinho, Ipeúna e Elias Fausto, mas que conseguiram dar uma destinação principalmente correta e acabar com os lixões através do que a gente chama de soluções regionalizadas. Então, a maioria destes municípios, Iracemápolis, Ipeúna, Saltinho, eles se juntaram num aglomerado de municípios para pensar numa solução regional", exemplifica.
O que dizem as prefeituras
A Prefeitura de Piracicaba informou que, em 2018, gastou R$ 85.627.976,90 com a gestão de resíduos sólidos e limpeza urbana e, naquele ano, a cidade gerou um total de 111.885,15 toneladas de resíduos sólidos.
O governo municipal apresentou número diferentes em relação à reciclagem, apontando que das mais de 111 mil toneladas de resíduos sólidos, 3.539,50 toneladas foram reaproveitadas (3,16%). "Porém, considerando que apenas 36% de todo o montante de resíduos coletados é reciclável, a taxa de material reciclado na cidade na verdade é de 8,78%", acrescentou.
Também citou que coletou os resíduos que são de responsabilidade dos fabricantes e afins, os chamados resíduos de Logística Reversa, como pilhas e baterias, lâmpadas fluorescente, eletroeletrônicos, pneus e outros.
"O município de Piracicaba atende à risca o que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) preconiza. Tanto que a cidade já está na terceira revisão do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos (PMGIRS)", completou.
As secretarias de Obras e Serviços Públicos e Meio Ambiente e Agricultura de Limeira informaram, em nota, que vêm realizando trabalhos de conscientização e educação ambiental com a população, de forma a intensificar e ampliar o descarte ambientalmente adequado dos materiais recicláveis, por meio da coleta seletiva, bem como reduzir a ocorrência de descartes irregulares em áreas verdes.
A Prefeitura de Nova Odessa elencou uma série de ações e investimentos realizados nos últimos anos:
Inauguração do segundo ecoponto, em janeiro;
Limpezas frequentes de locais "viciados" de descartes irregulares, a fim de realizar a destinação correta e também evitar novos descartes;
Instalação de câmeras para flagrar descartes irregulares num ponto crônico da cidade;
Reforma do LEV (Local de Entrega Voluntária) de materiais recicláveis instalado no Bosque Manoel Jorge.
Desenvolvimento de programas de educação ambiental formal e não formal sobre os resíduos sólidos e a coleta seletiva com estudantes;
Aquisição de uma varredeira mecânica para otimizar a varrição dos logradouros públicos;
Conquista de novo caminhão para a coleta seletiva junto ao governo estadual;
Início de estudo gravimétrico para definir o novo Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos;
Instalação de 110 contêineres para facilitar e dinamizar a coleta de lixo orgânico na cidade;
O Plano Municipal de Saneamento (2019-2039) da cidade prevê investimento de R$ 805.911,17 na ampliação da coleta seletiva.
As demais prefeituras não responderam as solicitações de informações da reportagem.