quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Abalos

  Quinta-feira, 14 de Janeiro de 2016  14/01/2016 -- 07:53Fonte:   Centro de Sismologia da USP confirma oito abalos em menos de três dias em Londrina   O Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Londrina (UEL) confirmaram na quarta-feira (13) a ocorrência de pelo menos mais oito abalos sísmicos entre os dias 10 e 12 deste mês, com epicentro na zona leste de Londrina. Destes, sete foram registrados no Jardim Califórnia, onde moradores se queixam de estrondos desde a segunda semana de dezembro. Outro, inédito até então, ocorreu no Jardim San Fernando. Foi o primeiro relatório oficial apresentado pelos técnicos da universidade paulistana desde que eles chegaram à cidade, há oito dias. Os novos abalos foram captados por apenas um dos quatro sismógrafos portáteis instalados na zona leste. "Estes (abalos) já estão confirmados. A estação captou os tremores, já mandou para São Paulo, onde os dados foram refinados. Os epicentros têm distância de poucos metros entre um e outro", apontou o geólogo da UEL, José Paulo Pinese. Celso Pacheco/Equipe Folha  Sismógrafos foram instalados em Londrina na última semana O relatório aponta oito tremores entre as 23h37 do dia 10 de janeiro e as 10h42 do dia 12, todos com magnitude consideradas baixas pelos especialistas, entre 1,1 e 1,7 na escala Richter. Somente no dia 11 foram cinco tremores confirmados no Jardim Califórnia, entre eles o de maior magnitude, 1,7, registrado às 14h42. Antes destes, apenas dois tremores haviam sido confirmados, nos dias 14 de dezembro e 1º de janeiro, também de baixa intensidade: 1,8 e 1,9 na escala Richter, respectivamente. As primeiras reclamações de barulhos e estrondos no Califórnia são do dia 12 de janeiro. leia mais Moradores de Cambé relatam casas danificadas após tremores Questionado se os abalos de baixa magnitude na escala Richter seriam capazes de provocar grandes estragos, como as rachaduras relatadas por moradores do Jardim Califórnia, Pinese afirmou que os dados o levam a acreditar que sim. "No epicentro é o que tem se mostrado. Agora precisamos avaliar outras questões. Estamos ainda em dados preliminares, não se tem uma resposta imediata sobre isso. Estamos estudando e nada, por enquanto, está descartado", pontuou. Uma nova remessa de dados foi enviada ontem para São Paulo e o geólogo informa que novos abalos têm grandes chances de serem confirmados, já que moradores destes bairros continuam a reclamar de barulhos e tremores intensos. "Todos os cartões foram retirados, recolocados e ontem à noite (terça-feira) enviados a São Paulo. Então, nos próximos seis dias, serão avaliados para termos algo mais preciso. É bem possível que aumente (o número de confirmações de tremores)", contou o geólogo. "Sabemos apenas que, preliminarmente, os tremores estão contidos nas rochas, a centenas de metros de profundidade." Além da zona leste, os tremores podem ter atingido também outros bairros da cidade, como a Vila Recreio (centro) e o Jardim Maracanã (zona oeste), e municípios vizinhos, como Arapongas, Ibiporã, Rolândia e Cambé. "Temos que avaliar caso a caso. A gente ainda não tem como saber se é só devido à chuva e ao fluxo de massa do solo, que pode se movimentar. É preciso investigar no local, mas primeiramente queremos atender Londrina. Na sequência, nossa ideia é ir a essas cidades e ver o que realmente aconteceu, com calma", revelou Pinese. Pelo planejamento traçado em conjunto pela equipe da USP e o geólogo londrinense, os sismógrafos permanecerão instalados na zona leste por pelo menos mais 20 dias. Só depois disso é que será apresentado um relatório final do problema, que pode apontar a causa dos abalos. (Rafael Souza - Equipe Folha)

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