quinta-feira, 14 de abril de 2016

Politica

Depois de reunir a bancada da Câmara, o Partido Progressista fechou posição favorável ao impeachment. Já vice-líder do governo avalia que anúncio da saída do PP da base aliada não muda total de votos necessários para barrar o processo. Beto Nociti/ Divulgação BC Jerônimo Goergen: na votação em Plenário, o PP pode representar 40 votos a favor do impeachment O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), já havia declarado apoio ao governo na semana passada. Lideranças no partido insatisfeitas com a decisão iniciaram um movimento de apoio ao impedimento da presidente Dilma Rousseff. De acordo com os deputados Júlio Lopes (PP-RJ) e Jerônimo Goergen (PP-RS), principais oposicionistas na legenda, 37 deputados, da bancada de 47, são favoráveis ao impeachment. Na votação em Plenário, entretanto, o deputado Jerônimo Goergen avalia que o PP pode representar 40 votos favoráveis ao impeachment. "Nós sempre defendíamos aquilo que nós ouvíamos tanto da sociedade como dos nossos colegas aqui, e muitos dos nossos colegas não tomavam uma posição porque queriam exatamente uma proteção partidária, ou seja: essa decisão de hoje protege os mandatos dos parlamentares", disse Goergen. Entrega de cargos O líder do PP na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PB), foi contrário ao impeachment na comissão especial que analisou a matéria e liberou os deputados na votação. Depois da reunião, Ribeiro informou que o PP abrirá mão dos cargos no governo e vai orientar a bancada a favor do impeachment, mesmo tendo posição pessoal diversa. "Na prática, nós tomamos uma decisão partidária. Na prática, nós tínhamos um partido que na comissão liberou sua bancada na votação e cada parlamentar votou de acordo com sua convicção. Na prática, hoje, temos uma bancada que vai encaminhar no Plenário pelo impeachment", explicou Aguinaldo. O PP ocupa hoje o Ministério da Integração Nacional e a presidência da Codevasf, é a quarta maior bancada da Câmara e seus votos eram considerados essenciais para o governo barrar o impeachment. São necessários 342 votos na Câmara para abertura do processo de impeachment. Total de votos Vice-líder do governo na Câmara, o deputado Sílvio Costa (PTdoB-PE) avalia que o anúncio do PP não muda o total de votos do governo. Ele destaca que só três dos 25 partidos com representação na Câmara são orgânicos, aqueles que votam em peso seguindo a orientação da liderança: o PCdoB, o PT e o Psol. Seu próprio partido, segundo Sílvio Costa, só terá seu voto contrário ao impeachment: "No próximo domingo, cada deputado é uma entidade. Do mesmo jeito que a oposição tem um mapa, o governo também tem um mapa, então, tem partido que rompeu hoje e que na contabilidade do governo só conta um voto". PRB favorável ao impeachment Também ontem, a bancada do PRB decidiu que votará a favor do impeachment de Dilma. O partido foi o primeiro a desembarcar do governo, ao devolver o Ministério dos Esportes. De acordo com o presidente nacional do partido, Marcos Pereira, os 22 deputados federais da legenda votarão a favor do impeachment.

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