Cohab revende imóveis tomados de mutuários que não pagavam parcelas
O presidente da Cohab, Marcelo Cortez, diz que assumiu a companhia com um índice de inadimplência de 44% dos contratos. Ainda de acordo com ele, entre os anos de 2013 a 2016, a companhia teria ingressado com 247 ações de cobrança, o que, na avaliação dele, pode ter incentivado o crescimento da inadimplência.
Para tentar reduzir as perdas, o prefeito Marcelo Belinati (PP) assinou decreto permitindo a renegociação dos débitos, com uma entrada mais párcelas que poderiam se estender por 300 meses. Mesmo assim, conta Cortez, foram poucos os que aderiram à proposta. A vigência do decreto termina na próxima quinta-feira (1º de junho).
"Nós estamos reintegrando os imóveis e renegociando com quem está na fila, que também têm o sonho da casa própria", explica o presidente. A fila da Cohab para obtenção de um imóvel popular chega a 77 mil inscritos. Antes de iniciar o processo de reintegração, a Cohab executou um processo de conscientização sobre a necessidade de negociar os débitos e fez cobranças extrajudiciais. "Parece uma medida cruel, mas demos todas as oportunidades para regularizarem as contas. Os imóveis da Cohab já têm valor abaixo do mercado, agora, precisamos acabar com a cultura de que não precisa pagar porque não retomamos as casas", afirma Cortez.
A renegociação dos imóveis reintegrados é feita de acordo com a ordem cronológica da fila de inscritos e com a renda familiar. Por isso, Cortez ressalta a importância de atualização dos dados, que pode ser feito tanto na sede da companhia quanto no site da Cohab.
Luís Fernando Wiltemburg - Redação Bonde
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