domingo, 2 de novembro de 2025
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quinta-feira, 30 de outubro de 2025
Proteja gatos pretos! Entenda o estigma histórico contra esses animais
Proteja gatos pretos! Entenda o estigma histórico contra esses animais
O estigma surgiu porque os felinos eram vistos à noite e acabaram relacionados ao "macabro"

Gato Preto. Foto: Reprodução
Mesmo em pleno século 21, gatos pretos continuam sendo vítimas de preconceito e maus-tratos, especialmente em períodos como o Halloween e em datas místicas, como a sexta-feira 13. A perseguição a esses animais tem raízes históricas e começou na Idade Média, quando passaram a ser associados à bruxaria e ao azar.
De acordo com o historiador Pierre Granjeiro, o estigma surgiu porque os felinos eram vistos à noite e acabaram relacionados ao "macabro". "Na Idade das Trevas, acreditava-se que as bruxas se transformavam em gatos pretos. Com o tempo, esse mito ganhou força e levou a uma verdadeira caça aos animais", explica.
Durante o século 15, os bichanos chegaram a ser perseguidos pelo Tribunal da Inquisição, por ordem do Papa Inocêncio VIII. A matança teve consequências graves: a redução do número de gatos fez aumentar a população de ratos, o que contribuiu para a propagação da peste bubônica, doença que matou milhões na Europa.
Apenas mais de um século depois, durante o reinado de Luís XIII na França, a perseguição foi oficialmente revogada. Ainda assim, a crença de que o gato preto traz azar persistiu ao longo dos séculos.
Hoje, eles representam a maioria entre os animais disponíveis para adoção, justamente por causa da superstição. "Muitos ainda associam o gato preto à má sorte, feitiçaria e bruxaria", lamenta Granjeiro.
Em outras culturas, no entanto, esses felinos são símbolo de proteção e sorte. No Egito Antigo, eram considerados seres sagrados. Já em países como Japão, França e Reino Unido, são vistos como trazedores de prosperidade e bons relacionamentos.
No Brasil, maltratar gatos ou cães é crime, com pena de dois a cinco anos de prisão e multa, podendo ser aumentada se houver morte do animal.
As entidades de proteção animal reforçam que, em datas como o Halloween, os donos devem manter os gatos pretos dentro de casa, evitando riscos.
O Dia do Gato Preto é celebrado em 17 de novembro, uma data para lembrar que, longe de trazer azar, esses animais merecem respeito, carinho e cuidado — todos os dias do ano.
Antonio Mendonça/ Catve.com/ Metrópoles
Suinocultura resiste a cenário de crises e deve seguir crescendo em 2026
Suinocultura resiste a cenário de crises e deve seguir crescendo em 2026
Paraná já responde por 22% da produção nacional da proteína suína

Foto: FAEP
Mesmo após um ano desafiador para as proteínas animais, com a crise da gripe aviária, em maio, e o anúncio do tarifaço dos Estados Unidos, em julho, a suinocultura teve sua resiliência testada, conseguiu manter bom desempenho em 2025 e deve seguir em crescimento em 2026. Essa foi a conclusão da reunião da Comissão Técnica (CT) de Suinocultura do Sistema FAEP, realizada nesta quarta-feira (29), em Cascavel, no Oeste, com a presença de líderes rurais do setor das principais regiões produtoras do Paraná.
"Vivemos uma instabilidade no país, mas o setor de suinocultura continua aquecido. Nosso papel é seguir firmes em nosso dever de casa, levar os custos de produção à risca, para que nossa atividade tenha subsídio e poder superar os desafios junto às cooperativas e agroindústrias", resumiu Deborah de Geus, presidente da CT de Suinocultura do Sistema FAEP. "A suinocultura é uma potência do nosso Estado, mas temos que tentar crescer de forma que seja sustentável para todos os elos, e nós temos subsidiado e incentivado esse trabalho para que tenhamos incrementos na renda dos suinocultores", completou o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette.
O presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Orso, anfitrião do evento, lembrou da representatividade do Sistema FAEP. "Temos tentáculos que movem nossas pautas até a CNA [Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil] e muitas vezes servem de inspiração para outros lugares do país. Agora mesmo, estamos trabalhando para nos tornarmos o maior Estado produtor de suínos do Brasil, e isso com o suporte do Sistema FAEP", enfatizou.
Palestra sobre conjuntura
O consultor Iuri Machado, da CNA, ministrou uma palestra durante a reunião da CT, abordando os principais assuntos que envolvem a cadeia da suinocultura. Machado lembrou que as quatro principais proteínas animais (frango, suíno, bovino e ovos) se afetam entre si, já que flutuações em uma cadeia acabam afetando as outras. E nesse ano, houve pelo menos duas grandes crises no setor de proteínas animais.
A primeira delas ocorreu com a detecção do primeiro caso na história de gripe aviária em granjas comerciais do Brasil, com reflexos que podem ser sentidos até hoje, já que alguns mercados internacionais ainda não reabriram para o produto brasileiro. Em julho, foi a vez de os Estados Unidos anunciarem o tarifaço sobre diversos produtos brasileiros, entre eles a carne bovina. Tudo isso formou um cenário desafiador para todas as proteínas, incluindo os suínos.
Nesse contexto, de janeiro a setembro de 2025, as exportações de carne suína pelo Brasil subiram 14,28%, comparado ao mesmo período de 2024. Em volume, o total exportado chegou a 985 mil toneladas nos nove primeiros meses de 2025. "Para 2026, as previsões apontam uma produção 3,6% maior e exportações acima de 1,5 milhão de tonelada, o que representaria uma variação de 5,2%. Já no varejo, o mercado espera preços estáveis ou levemente mais altos, com potencial para amortecer possíveis altas no preço da carne bovina", previu o consultor.
Outro aspecto positivo que foi destacado por Machado é a diversificação dos destinos das exportações da carne suína, reduzindo a dependência do mercado chinês. "A pulverização das exportações tem sido um movimento contínuo, o que representa um aspecto positivo em termos de menor dependência de um único país, o que dá mais estabilidade ao setor. A China já chegou a representar 55% das nossas exportações, hoje é a segunda colocada e responde por 11,7%, atrás das Filipinas que compram 24,5%. E temos crescido em países com alta exigência em sanidade e qualidade, como Coreia do Sul e Japão", sinalizou.
Antonio Mendonça/ Catve.com/ FAEP