Ramagem se fortalece nas pesquisas e preocupa Paes
Foto: Reprodução.
Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), amanheceu nesta quinta-feira (25) sendo notícias nos principais veículos de comunicação do país. Ex-integrante da Polícia Federal, ele foi alvo de buscas nesta quinta-feira (25) suposto uso não autorizado de ferramentas de geolocalização em dispositivos móveis.
É dito que o suposto grupo criminoso teria criado uma estrutura paralela na Abin, utilizando recursos da agência para ações ilícitas, incluindo a produção de informações com fins políticos, midiáticos, pessoais e até mesmo para interferir em investigações.
Atualmente, aos 51 anos de idade, chegou tem uma longa carreira na área de segurança. Ex-delegado da PF, Ramagem comandou as divisões de Administração de Recursos Humanos e de Estudos, Legislações e Pareceres, e atuou na área de coordenação de eventos como a Copa do Mundo de 2014, a Olimpíada de 2016 e a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente.
Em março de 2019, no início do mandato de Bolsonaro, foi nomeado assessor do então ministro Santos Cruz na Secretaria de Governo — pasta ligada ao Palácio do Planalto. Meses depois, com a demissão de Santos Cruz, Ramagem foi mantido na secretaria, como assessor do ministro Luiz Eduardo Ramos.
Depois, ele chegou ser nomeado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) pra chefiar a PF, mas foi impedido de assumir por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2022, com amplo apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), foi eleito deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro, com quase 60 mil votos.
Neste ano de 2024, Alexandre Ramagem tem sido apresentado como pré-candidato do PL à prefeitura da cidade do Rio. Desde que passou a ser projetado pelo entorno de Bolsonaro, seu nome passou a circular em pesquisas eleitorais e, desde então, sua pré-candidatura tem sido apontada como uma das principais.
No dia 1º de janeiro, a Atlas/Intel divulgou seu mais recente levantamento à prefeitura da capital fluminense. Nela, Ramagem já apareceu em 2º lugar, com 19,1%. Em primeiro, aparece o atual prefeito, Eduardo Paes (PSD), com 36,2%.
Além desse instituto, outros também já colocam Ramagem em posições confortáveis, sinalizando que o direitista pode ser o principal nome a duelar com Paes entre o eleitorado carioca.
Créditos: Conexão Política.
Editorial: -“Nova Indústria Brasil” serve, na verdade, para fortalecer o PT
Desde que o presidente Lula anunciou que vai gastar R$ 300 bilhões num novo plano de auxílio à indústria, muita gente tem se perguntado: como o PT tem coragem de repetir um erro tão desastroso? Será que o presidente não sabe que projetos similares não dão certo há décadas, e que o último arruinou as contas públicas do governo Dilma, levando o Brasil à sua pior crise econômica da história?
Fazemos essas perguntas por acreditar que Lula de fato tem a intenção de fortalecer a indústria. Na verdade, o objetivo do “Nova Indústria Brasil” é outro: fortalecer o PT. Serve para aumentar o poder do governo entre empresários, para comprar aliados e apoio político.
Muitos economistas alertaram que, se o governo oferece juros subsidiados de um lado, precisa aumentar os juros do outro. Alguns empresários ganham, outros perdem. A indústria nacional precisa é de menos impostos e menos burocracia, e de um governo que não assuste os investidores com ameaças de calotes ou de inflação.
Os especialistas também lembraram que é urgente abrir a indústria nacional à concorrência externa, para que invista em inovação, se torne mais produtiva e ingresse nas cadeias globais de produção.
O governo Lula sabe de tudo isso. Sabe que a exigência de conteúdo local sequer consegue ser colocada em prática. Tem completa noção que o Nova Indústria Brasil não vai fortalecer a indústria, assim como os planos anteriores só prejudicaram as empresas e os brasileiros em geral. De Ernesto Geisel a Dilma Rousseff, os planos de socorro à indústria funcionaram como bolsas-família ao contrário, a tirar dinheiro dos pobres para dar aos ricos.
Mas tem um motivo para o PT gostar tanto dessa política: como o BNDES é um banco estatal, quem decide onde vai o dinheiro é o próprio PT. Os bilhões previstos pelo programa de incentivo não vão para as empresas mais produtivas ou sustentáveis, nem para os projetos mais urgentes de infraestrutura, e sim para quem é amigo do governo. Quem dá carona em jatinhos, entra em negociatas, anuncia em publicações favoráveis ao governo.
O Nova Indústria Brasil não é bom para a indústria. É bom para o PT.