Nos EUA, o salário do presidente é de aproximadamente US$ 33.334 por mês (US$ 400.000 por ano), mais uma ajuda de custo mensal de US$ 4.167 (US$ 50.000 por ano). Parece muito, né?! Mas, não é. Vamos lá...
Para além de o custo de vida lá ser, em média, cinco vezes maior do que o custo de vida no Brasil (portanto, converter para pensar em Reais é uma bobagem), nos EUA é o presidente quem "patrocina" o custeio de sua família na Casa Branca, o que inclui pagar com seu próprio salário as despesas com alimentação, energia elétrica, combustível e congêneres.
Há duas exceções:
1) Os Jantares de Estado são custeados pelo erário, mais especificamente com recursos orçamentários do Departamento de Estado. Quaisquer outras festas e cerimônias que o presidente norte-americano queira dar na Casa Branca correm às suas próprias expensas;
2) Em férias, o presidente e sua família são transportados por veículos e aeronaves oficiais, tendo em vista a rubrica da Segurança Nacional. O mesmo acontece em deslocamentos para outros países. Os recursos são do Departamento de Estado.
A dinâmica é a mesma para juízes da Suprema Corte, diplomatas e congressistas.
Dito isso, fico pensando na licitação recentemente aberta pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, prevendo que os cofres públicos dos cidadãos pagadores impostos assumam os banquetes nababescos de Suas Excelências, incluindo medalhões de lagosta e vinhos com um mínimo de quatro premiações para o almoço e salmão com caviar para o jantar.
Atualmente, um ministro do STF recebe o teto constitucional: R$ 39.300, além de penduricalhos variados (auxílio-paletó, 13° e 14° salários, auxílio-moradia, verba de gabinete, etc) e três veículos executivos oficiais, com combustível incluso, e o presidente da Corte tem direito a locomover-se em jato e/ou helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB).
Essa dinâmica promíscua repete-se no Palácio do Planalto, na Esplanada dos Ministérios, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal e nos Tribunais Superiores. São quase 2.000 pessoas com direito a mordomias inomináveis num país miserável como o Brasil.
E eu vos pergunto: achas correto isso?
Eu acho um crime!
Nenhum comentário:
Postar um comentário