segunda-feira, 10 de novembro de 2014


O número é impressionante: 73 dos 300 deputados e senadores reeleitos nas eleições deste ano estão na mira do Supremo Tribunal Federal (STF) – uma quantidade maior do que a eleita por qualquer um dos partidos, por exemplo.
Como esses políticos retornaram aos cargos no Parlamento, suas investigações continuam aos cuidados da suprema corte brasileira, órgão privilegiado no qual as ações envolvendo congressistas e autoridades federais são apuradas.
Desse grupo de investigados, 23 estão em uma situação bastante delicada, e vão precisar equilibrar o seu tempo no plenário – fazendo o trabalho para o qual foram eleitos – e nas comissões em que precisam se defender dos crimes pelos quais são acusados. Eles já são tidos como réus nas ações penais, com processo aberto por, no entendimento dos ministros, haverem indícios suficientes para validar as suspeitas no Ministério Público (MP).
Os outros 50 ainda são alvos de investigações preliminares, sem garantias de uma abertura de ação contra eles. Ao todo, são cerca de 150 inquéritos sendo avaliados, com denúncias relativas à Lei de Licitações – campeão, com 33 citações –, peculato, crimes eleitorais, corrupção e muitos outros, incluindo aí casos de trabalho escravo e tráfico de influência. As investigações abrangem políticos de 15 partidos, distribuídos em 24 estados e no Distrito Federal.
Quando se olha para os partidos, o quadro é o seguinte: dez dos 38 políticos do PMDB que renovaram o mandato estão sob olhar do STF; para o PT, PR e PP, são nove na mesma situação; e no PSDB, sete. Porém, são os tucanos os “ganhadores” quando o assunto são denúncias para uma mesma pessoa. O mato-grossense Nilson Leitão, que está sendo investigado por seis diferentes casos, e o catarinense Marco Tebaldi, que tem sobe seu nome sete denúncias – contendo, inclusive, uma decorrente da Operação Sanguessuga, realizada em 2006.
No Congresso, 73 dos políticos reeleitos estão na lista de suspeitos do STF

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