quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Gaeco vistoria postos de combustíveis em operação que investiga suposta formação de cartel

Redação Bonde 

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) fiscaliza postos de combustíveis nesta quarta-feira (14), em Londrina. A operação é feita em conjunto com o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) do Paraná, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Receita Estadual e Promotoria de Defesa do Consumidor.

Vários estabelecimentos devem ser vistoriados até o final do dia. O objetivo, nesta fase, é coletar novos dados para completar o inquérito instaurado que apura a formação de suposto cartel em Londrina, acordo ilegal firmado entre concorrentes para alinhamento de preços.

De acordo com o Gaeco, os dados coletados serão analisados e confrontados para engrossar as provas de eventuais crimes no ramo. O número de locais visitados ainda não foi divulgado.

Profissionais dos órgãos realizam a averiguação de acordo com a área na qual atuam. A qualidade da gasolina bem como a conformidade do preço de acordo com a quantidade abastecida também está sendo examinada. Em princípio, o Gaeco informou que a investigação está em fase de análise técnica. Os empresários do ramo ainda não foram ouvidos. Também não há previsão de conclusão do inquérito.

A denúncia foi feita pela Promotoria de Defesa do Consumidor de Londrina no dia 16 de setembro. Na ocasião, o promotor Miguel Sogaiar afirmou que o preço repassado pelos postos em Londrina é bem maior se comparado ao valor cobrado dos estabelecimentos pelas distribuidoras. Sobre a possibilidade de cartel, ele optou pela cautela. "É cedo para se falar em cartel, apesar de todos os indícios encontrados. Pedimos para que o Gaeco instaure um inquérito policial justamente para apurarmos se esse alinhamento de preços foi ou não combinado", disse em entrevista coletiva.

Ainda conforme o Gaeco, o preço praticado pelos estabelecimentos em Londrina é um dos maiores do País. Empresários podem responder por crime contra a ordem econômica, caso seja confirmado que o consumidor está sendo lesado. (Com informações da CBN Londrina).

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