quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Shoppings de Curitiba não entrarão na Justiça contra ‘rolezinhos’

O Sindicato dos Lojistas de Shoppings de Curitiba (Sindishopping) reuniu na manhã desta segunda-feira (21) representantes dos onze maiores shoppings da capital para debater a questão dos ‘rolezinhos’. Na reunião, ficou definido que nenhum shopping irá entrar com ações na Justiça para impedir a realização de qualquer manifestação do gênero.
“Nenhum shopping de Curitiba vai impedir a entrada das pessoas, sejam elas quem forem. Todos os estabelecimentos preferem adotar o bom senso para resolver qualquer situação que envolva a presença de grupos, desde que de forma pacífica. Claro que se houver qualquer abuso ou risco para os clientes e patrimônio iremos tomar providências”, diz o presidente do Sindishopping, Érico Morbis.
Entre as medidas que serão adotadas pelos shoppings da capital paranaense por meio do Sindishopping, estão o estreitamento das relações com a Associação Comercial do Paraná (ACP) para que, juntos, façam uma campanha institucional sobre a importância da preservação do patrimônio e da liberdade de atuação do comércio, o que inclui o direito de ir e vir dos clientes. A intermediação será feita pelo diretor-executivo do Pollo Shop e vice-presidente da ACP, o empresário Ivo Petris.
“Vamos levar a proposta dessa campanha para a ACP que é nossa parceira em diversas ações. O objetivo é esclarecer a população sobre valores importantes que envolvem a garantia tanto dos lojistas quanto dos consumidores”, resume Morbis.
Na reunião ficou acertado também que será solicitado um encontro dos representantes dos shoppings com o secretário de segurança do Paraná, Cid Vasques, para a abertura de um canal direto de comunicação. Todos os estabelecimentos também informaram que vão fortalecer a segurança privada, mas sem ações de caráter policial.
“A segurança será reforçada em caráter preventivo. Os funcionários que atuam neste setor dos shoppings são orientados a ter ações operacionais de proteção ao patrimônio, trabalhadores e clientes. Para qualquer ação que exija repressão, a polícia será acionada”, diz o presidente do Sindishopping.
Morbis lembra que anos atrás os shoppings Palladium e Estação chegaram a enfrentar situações de tumulto com a presença de grupos nos estabelecimentos e o bom senso resolveu qualquer impasse. “Preferimos sempre optar pelo bom senso, com diálogo e sem violência. Foi assim em outras situações e não será diferente agora”.
Os “rolezinhos”, como ficaram conhecidos, são encontros marcados pela internet poradolescentes. Os eventos ocorrem sobretudo em shoppings e ganharam repercussão desde dezembro, quando aglomerações assustaram frequentadores e fizeram centros comerciais fecharem as portas mais cedo. Alguns shoppings de São Paulo decidiram então ir à Justiça em busca de liminares que proibiram a realização de “rolezinhos”.

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