sexta-feira, 12 de junho de 2015

Por ampla maioria, professores da UEL decidem permanecer em greve

Samara Rosenberger - Redação Bonde 

Docentes da Universidade Estadual de Londrina (UEL) decidiram permanecer em greve após assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (11). A reunião começou por volta das 8h30, no Anfiteatro Cyro Grossi (Pinicão), no Centro de Ciências Biológicas (CCB). 

Os professores avaliaram o movimento grevista e a proposta apresentada pelo Governo do Estado, a qual prevê pagamento de 3,5% de reposição em única parcela em outubro, referente à inflação entre os meses de maio e dezembro de 2014. Em janeiro de 2016, serão repostos 8,5% da inflação medida pelo IPCA durante este ano. Já em 2017, haverá aumento de 1% para quitar a perda salarial, além da reposição inflacionária do ano anterior.

A ampla maioria dos votantes optou pela continuidade do movimento, segundo informou a diretora de comunicação do Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região (Sindiprol/Aduel), Silvia Alapanian. "Ontem fizemos algumas reuniões e notamos que a categoria estava dividida, mas acredito que os últimos acontecimentos na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) podem ter contribuído diretamente para o posicionamento definitivo", disse, ao citar o documento financeiro apresentado pelo Secretário Estadual da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, cujo conteúdo discorria sobre as contas da administração. "Aquele papelzinho nos deixou indignados. Os nosso professores entendem de orçamento, têm alto nível de conhecimento em formulação de dados e isso significou uma afronta", completou.

A categoria faz críticas duras à falta de transparência na divulgação da planilha financeira do Estado. "Desde meados de abril pedimos a abertura dos cálculos, que até agora não foi feita. Sabemos que o Estado tem recursos, mas não investe por questões de prioridades", acusou. Ainda conforme ela, a proposta do reajuste do funcionalismo público, divulgada no final do mês passado e aceita pelo professores da rede estadual de ensino na terça-feira (9), é considerada insatisfatória. "Além da data-base, queremos discutir a falta de repasses à universidade".

A partir de agora, as lideranças da entidade vão solicitar reuniões junto ao Secretário de Ciência e Tecnologia do Ensino Superior, João Carlos Gomes, e à bancada da Alep. Com base nos resultados dessas discussões, os sindicalistas voltam a se reunir em assembleia na próxima semana, em data a ser definida.

Os docentes da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp) e Universidade Estadual do Paraná (Unespar Apucarana) devem seguir a mesma decisão em reuniões marcadas para o final da tarde e noite de hoje. Os servidores técnicos administrativos da UEL, Hospital Universitário (HU) e Hospital das Clínicas (HC) também deliberam acerca da paralisação no período da tarde. A reunião está marcada para as 13h, no Anfiteatro do HU. 

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