A decisão foi comunicada aos colaboradores no início do primeiro turno. A unidade, adquirida pela Klabin em 2020 com a compra dos ativos da International Paper no Brasil, já operava com capacidade reduzida desde o ano passado. Com potencial de produção anual de 65 mil toneladas, a fábrica chegou a operar em três turnos antes da interrupção.
De acordo com a companhia, o setor de papel reciclado tem enfrentado dificuldades devido à elevação do custo das aparas — matéria-prima essencial nesse tipo de produção — e à queda da demanda no mercado. Outro fator que pesou foi a valorização do kraftliner, papel produzido com fibra virgem, cuja competitividade aumentou com a recente queda do dólar, reduzindo a margem de lucro dos papéis reciclados.
Apesar da pausa na produção em Paulínia, a Klabin afirmou que o abastecimento aos clientes não será impactado. Isso porque outras unidades da empresa, como as de Piracicaba (SP) e Goiana (PE), continuam operando com uma capacidade combinada de 400 mil toneladas por ano.
A empresa reforçou que a paralisação é temporária e ocorre por “razões mercadológicas fora do controle da companhia”.
Atualmente, a Klabin possui 24 unidades industriais, 23 delas no Brasil e uma na Argentina, com capacidade instalada superior a 3 milhões de toneladas de papel por ano.
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