Duplicação da PR-445 custaria o dobro do valor apontado pela prefeitura, estima governo
Guilherme Batista - Redação Bonde
De acordo com estimativas do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), as obras de duplicação de trecho da PR-445 localizado entre Londrina e Mauá da Serra, no Norte do Paraná, podem custar até R$ 460 milhões aos cofres públicos. O valor é o dobro se comparado aos R$ 230 milhões previstos pela Prefeitura de Londrina em março deste ano, quando o prefeito Alexandre Kireeff enviou um ofício ao Governo do Estado pedindo para ficar responsável pela gestão da rodovia. A atual administração pretende gerir parte da PR-445 por 25 anos e, no início da concessão, executar as obras de duplicação do referido trecho.
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A solicitação feita pelo prefeito já foi analisada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), que apontou não haver uma lei específica para a cessão de rodovias a municípios. A falta de legislação fez o DER montar uma comissão para buscar alternativas para a duplicação do trecho da PR-445 requerido pela prefeitura. "A intenção dessa comissão é discutir a melhor forma de melhorar as condições rodoviárias PR-445, uma prioridade nessa gestão. Por isso, a parceria com a prefeitura é importante neste processo", disse o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, em entrevista à Agência Estadual de Notícias (AEN) na tarde desta quinta-feira (2).
Pela manhã, o prefeito Alexandre Kireeff concedeu entrevista coletiva para confirmar que o seu chefe de gabinete, Márcio Stamm, e o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Veronesi, vão representar a prefeitura na comissão criada pelo DER. Kireeff disse, ainda, que continua a favor de sua proposta original, que prevê a concessão do trecho da rodovia para a prefeitura organizar a realizar as obras de duplicação. O Executivo tem a intenção de conseguir a gestão do trecho da PR-445, realizar as obras de duplicação e pedagiar a rodovia depois - a R$ 5 - para 'recuperar' o dinheiro investido. O prefeito também lembrou que, agora, tudo depende dos trabalhos da comissão, e da boa vontade do Governo do Estado, que vai precisar enviar um projeto de lei à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para oficializar a possível concessão da rodovia ao município de Londrina.
Já o secretário de Infraestrutura e Logística defendeu que as discussões técnicas da comissão vão conseguir absorver propostas sugeridas pela sociedade para melhorar a rodovia PR-445, inclusive sobre a necessidade de intersecções, como trincheiras e viadutos.
A estimativa, quando concluído o estudo da comissão, é que demore um ano para concluir o projeto executivo. E a previsão para execução das obras deve durar cerca de quatro anos. (com informações da Agência Estadual de Notícias)
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