Filho de Francischini sugere para governo alienar folha de pagamento dos servidores
Governo contrataria uma instituição bancária para ficar responsável pelo pagamento do funcionalismo. Iniciativa arrecadaria cerca de R$ 800 milhões
Guilherme Batista - Redação Bonde - 26/05/2015 -- 17:56
O deputado estadual Felipe Francischini (Solidariedade), filho do ex-secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Francischini, afirmou que é a favor do reajuste salarial de 8,17% aos servidores públicos estaduais, mas disse entender o fato de o Governo do Paraná não ter dinheiro em caixa para repor os vencimentos dentro dos índices impostos pela inflação. Na avaliação dele, o reajuste exigido pelas categorias em greve sairá apenas se o poder público alienar a folha de pagamento dos servidores.
Com a alienação, conforme o parlamentar, o governo contrataria uma instituição bancária para ficar responsável pelo pagamento do funcionalismo. "É um dispositivo sem ônus ao servidor e que, pelas estimativas da Secretaria Estadual da Fazenda, poderia fazer os cofres públicos receberem cerca de R$ 800 milhões, mesmo valor previsto para a reposição da inflação em 2015", argumentou o deputado durante a sessão de segunda-feira (25) da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
Divulgação/Alep
Francischini disse, ainda, que chegou a conversar sobre a alienação da folha de pagamento com o secretário estadual de Fazenda, Mauro Ricardo Costa, e que o responsável pelas finanças do Estado teria se mostrado interessado na iniciativa. "O recurso viria livre, por não estar previsto em orçamento, e sem a necessidade de o poder público retirá-lo de áreas essenciais como a saúde e a educação", observou.
Filho do apontado como responsável pela ação policial que deixou mais de 200 feridos no Centro Cívico no último dia 29, o deputado defendeu, pela primeira vez, o índice pedido pelos servidores. "A reposição inflacionária não é um direito do servidor, mas uma obrigação do Estado", destacou.
O pai dele, por sua vez, acabou entregando o cargo ao governador Beto Richa (PSDB) no início deste mês, logo após ser responsabilizado - por servidores e pelo próprio governo - pela ação policial.
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