Reunião entre professores em greve e nova secretária acaba sem acordo
Após professores e funcionários das escolas em greve protestarem em frente à sede da Secretaria de Estado da Educação (Seed), em Curitiba, e dos Núcleos Regionais de Educação, em várias cidades do Paraná, a direção da APP-Sindicato se reuniu com a nova secretária de Educação, Ana Seres Trento Comin, nesta quinta-feira (7). Os professores da rede pública estadual estão em greve desde o dia 25 de abril. “Foi uma longa conversa em que reafirmamos todos os pontos da pauta, e a nova secretária mostrou-se disposta ao diálogo”, disse a professora Marlei Fernandes, da APP-Sindicato, depois de deixar a reunião, que começou às 11h e foi encerrada por volta das 14h. “A resolução da situação depende mais do governo do que da categoria”, completou.
Marlei disse ainda que Ana Seres se comprometeu a levar os temas levantados na reunião à Casa Civil e à Secretaria de Administração ainda nesta quinta e que não há definição sobre uma nova convocação de assembleia dos professores para decidir a continuidade ou não da greve. “Vamos aguardar o retorno da Secretaria de Estado da Educação nos próximos dias”. A última assembleia da categoria foi realizada na terça (5).
Com a paralisação, quase um milhão de alunos estão sem aula em todo o estado. A Justiça chegou a determinar o retorno imediato dos professores às salas de aula, mas o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) entrou com recurso.
Reposição das aulas deve ser feita em julho e aos sábados
Para compor o novo calendário escolar, já afetado pela primeira paralisação dos professores, a secretária de Educação Ana Seres afirmou que é necessário o fim da paralisação, pois só assim é possível o cálculo de dias de aula a serem repostos, mas já é possível fazer uma previsão. Eladisse que vai ouvir os Núcleos Regionais de Educação (NREs) para estudar alternativas, entre elas utilizar a semana das férias de julho, e talvez os sábados. A declaração foi após reunião representantes da APP- Sindicato.
Deflagrada no dia 27 de abril, a greve deve durar, no mínimo, até a semana que vem, quando está agendada um segundo encontro entre grevistas e representantes do governo. Com isso, na melhor das hipóteses, esta segunda greve do ano durará três semanas, ou 15 dias úteis. Somado aos 29 dias da greve de fevereiro, a preocupação é com o calendáiro letivo de 2015.
Com a greve do começo do ano, o calendário já havia sido reformulado com uma semana de férias em junho e aulas até o dia 23 de dezembro, e assim manter os 200 dias/letivos determinados por lei. Com essa nova greve, fatalmente teriam que ser usados os sábados para repor as aulas. Porém, até o final do ano, serão cerca de 25 sábados úteis possíveis. Se a greve durar mais, até o calendário de reposição ficaria inviável.
Fonte: Da Redação com AEN e Bem Parana
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